Nova abordagem para a detecção da aterosclerose pode evitar infartos

Uma pesquisa conjunta entre a Universidade de São Paulo (USP) e a  Universidade de Umëa, na Suécia, sugere uma nova abordagem para detectar a aterosclerose em estágios iniciais, o que pode evitar casos de infarto do miocárdio.

O método usa, como marcadores, anticorpos fabricados pelo organismo no combate de algumas das toxinas que são expelidas na formação da doença. Nesta fase, as placas de gordura se acumulam nas artérias, o que estreita,  enrijece e obstrui os vasos sanguíneos.

Hoje, o diagnóstico de aterosclerose é realizado por técnicas invasivas como cateterismo ou por imagem como ressonância magnética e angiotomografia.

“O sistema imune produz anticorpos que eliminam alguns desses componentes liberados pela LDL. Assim, quando mais placas de ateroma são formadas, mais LDL oxidada estará presente e mais anticorpos serão produzidos pelo organismo”, detalhou o professor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, Magnus Gidlund.

Neste estudo, realizado com 1.500 pacientes, foi constatado que, se um paciente possui um nível baixo desses anticorpos, as chances de sofrer um infarto nos próximos dez anos aumenta até15%, e no fumante, 25%.

“Um diagnóstico mais preciso e barato poderá nos levar a outros patamares na avaliação e terapêutica dos pacientes com maior risco de um evento cardiovascular futuro”, comentou o médico Henrique Fonseca, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pesquisador colaborador do laboratório do professor Magnus Gidlund no ICB/USP. (Com informações da Agência USP – 16.10.19)

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