OraQuick, autoteste de HIV que usa saliva para detectar a doença é lançado em Belo Horizonte

O autoteste para a detecção de HIV, OraQuick, fabricado pela Orasure Technologies, foi lançado no mercado brasileiro no último dia 26 de março em um seminário em Belo Horizonte. O exame é pioneiro no mundo a utilizar fluido oral detectando anticorpos na saliva e sem a necessidade de amostras de sangue. Em breve, o autoteste estará disponível em farmácias.

O seminário “A Importância do autoteste de HIV como ferramenta efetiva de saúde pública” reuniu autoridades e promoveu debates no auditório da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG). “25% das pessoas infectadas não sabem seu status e são responsáveis por mais da metade das novas infecções”, comentou Brian Reid, vice-presidente global de vendas da OraSure Technologies.

Entre os palestrantes, Paula Távora, professora da FCMMG, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML) e sócio-fundadora do I9med – Laboratório de Point of Care; José Boullosa Alonso, biólogo e representante do departamento de IST/AIDS do Ministério da Saúde, Adelino Melo Freire, médico infectologista, João Vitor Arêas, acadêmico da área e Fabiano Queiroz, responsável pelo departamento de projetos estratégicos da Drogaria Araújo.

A moderação do encontro ficou a cargo de Carlos Eduardo Gouvêa, da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) e da Aliança Latino Americana para o Desenvolvimento do Diagnóstico in Vitro (ALADDIV).

De acordo com Gouvêa, a venda em farmácias de auto-teste para HIV cria um novo canal de acesso ao sistema de saúde, “cerca de 20% das pessoas infectadas não buscam informação sobre o seu status por medo, desconhecimento, desconforto, ou outros motivos. Desta forma, abre-se uma possibilidade de acesso a uma informação de qualidade, em termos de triagem, que poderá ser confirmada a seguir por um dos laboratórios da rede de referência ou mesmo rede privada de laboratórios, reduzindo-se o risco de alastrar-se a epidemia.”. (Com informações da Oficina de Mídia – 5.4.19)

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