No Dia Mundial de Luta Contra a Aids, que ocorreu no último dia 1º de dezembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou novas diretrizes para diagnosticar o vírus do HIV em 8,1 milhões de pessoas que não têm acesso ao tratamento.
“A face da epidemia de HIV mudou dramaticamente na última década. Mais pessoas do que nunca estão recebendo tratamento, mas muitas ainda não têm a ajuda de que precisam porque não foram diagnosticadas”, declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
Entre as recomendações da OMS está a adoção de uma estratégia padrão de teste de HIV, com a realização de três testes reativos consecutivos para o diagnóstico, visto que, antes das novas diretrizes, grande parte dos países utilizava apenas dois testes consecutivos.
O autoteste de HIV também foi defendido pela OMS como marco inicial para o diagnóstico, uma vez que as pessoas que não realizam testes em centros de testagens e clínicas têm mais tendência de usar os testes rápidos.
A OMS ainda recomendou o uso das redes sociais para o rastreio de populações-chave com alto risco de infecção pelo HIV. De acordo com a instituição, estas populações e seus parceiros são responsáveis por mais de 50% das novas infecções pelo HIV.
Por fim, as comunicações digitais com aplicativos de mensagens e de áudio e vídeo também podem cooperar para convencer as populações a realizar os testes de HIV.
Segundo o Ministério da Saúde, mais de 135 mil pessoas no Brasil vivem com o vírus HIV e não sabem. No dia 29 de novembro, o órgão lançou a campanha “HIV/Aids. Se a dúvida acaba, a vida continua”. O foco é a população jovem, visto que a contaminação, nesta faixa etária, vem crescendo nos últimos anos. (Com informações da Agência Brasil – 2.12.19)