De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), cerca de 15% dos testes rápidos executados em farmácias, até o fim de abril, deram positivo para o novo coronavírus.
Os estados mais infectados foram Amapá (38%) e Ceará (32,9%). São Paulo teve 13,8% dos testes positivos, enquanto que os estados do Mato Grosso do Sul (3,3%) e Santa Catarina (3,4%) tiveram os menores índices.
“Estamos avançando bem rápido nesses testes”, comentou o presidente da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto.
Segundo a entidade, das 8.900 farmácias que são associadas , 3 mil conta com salas específicas e, apenas 569 aplicam, os exames. “Tem uma parcela delas que não conseguiu a licença, há um descompasso entre o que a gente quer e a burocracia permite”, disse Mena Barreto.
O presidente executivo da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), Carlos Eduardo Gouvêa, afirmou que estes números demonstram a dimensão do problema.
O médico infectologista Alexandre Barbosa, membro titular da Sociedade Brasileira de Infectologia e professor da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp), critica os testes rápidos, visto o alto índice (50 a 60%) dos resultados falso positivo e negativo. “A maioria dos testes sorológicos, mesmos os feitos em laboratórios, é muito ruim, serve para jogar dinheiro fora”, alerta.
No entanto, o dirigente da CBDL rejeita esta declaração, “lamento e discordo dessa posição. Talvez aqueles que foram produzidos logo de cara não fossem tão bons, mas o que estamos vendo agora talvez não sejam de primeira geração e sejam produtos melhorados”.
Ainda de acordo com Gouvêa, 80% dos testes rápidos apresentam desempenho satisfatório e cumprem seu papel, desde que aplicados de forma adequada e por profissionais capacitados. (Com informações do Estadão – 29.06.20)