Diagnóstico na fase inicial é preponderante para que pacientes com câncer de próstata aumentem chances de cura

O mês de novembro é dedicado à saúde masculina. Para isso celebra-se mundialmente o Novembro Azul, campanha que visa conscientizar os homens a respeito da importância dos cuidados da saúde e da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata. Participando da iniciativa, o médico referência no Brasil em cirurgia oncológica, Dr. Wandemberg Barbosa, fornece algumas informações acerca da prevenção e tratamento da doença.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), com exceção dos tumores de pele não melanoma, o câncer de próstata é que o tem maior incidência entre a população do Brasil. Estima-se que cerca de 66 mil novos casos deste tipo de neoplasia aconteçam em 2022. Ante este cenário, Dr. Wandemberg destaca que a campanha de conscientização dos perigos do câncer de próstata não deveria ficar restrita há apenas um mês do ano, mas ser uma iniciativa contínua.

Dr. Wandemberg ressalta as dificuldades encontradas para realizar o tratamento da doença quando esta se tornou metastática, enfatizando a complicada sobrevida resultante desse doloroso processo. “Assim, eu diria que o mais importante quando se trata de câncer de próstata – não só de próstata, como de qualquer câncer – é exatamente o diagnóstico na fase inicial, pois é ele que leva a um tratamento curativo”, diz. Para isso, o médico referência no Brasil em cirurgia plástica e oncológica enfatiza a importância da prevenção do câncer.

Dr. Wandemberg explica que o câncer de próstata costuma acometer homens com idade acima dos 60 anos. No entanto, a recomendação é que a partir dos 40 anos de idade, faça-se periodicamente exames preventivos. “Quando há incidência da doença na família, aconselha-se que os exames sejam realizados ainda mais precocemente, pelo menos a partir dos 35 anos de idade, a cada dois anos”, comenta.

Segundo ele, os exames para possível detecção do câncer de próstata são feitos de duas maneiras: o médico urologista faz o toque retal (TR) a procura de possíveis anomalias. Para auxiliar o processo, realiza-se também um controle ultrassonográfico, por meio do marcador tumoral, antígeno prostático específico chamado PSA.

Em relação aos tratamentos para o câncer de próstata, Dr. Wandemberg afirma que eles dependerão do estágio da doença. De acordo com o médico referência no Brasil em cirurgia plástica e oncológica, o diagnóstico de doença em fase inicial leva a um tratamento curativo, realizado por meio de intervenção cirúrgica.  “Antigamente, a cirurgia aberta para a retirada da próstata era a mais utilizada. Hoje o procedimento caiu em desuso”, diz.

Na atualidade, segundo Dr. Wandemberg, a cirurgia mais comum é a videolaparoscopia, técnica pouco invasiva feita por auxílio de uma endocâmera no abdômen do paciente. Há também a intervenção cirúrgica por robótica. Mas essa, conforme ele, em razão do alto preço dos equipamentos, acaba ficando restrita a grandes centros. “Os resultados de ambas as cirurgias são semelhantes”, relata.

Já, quando o câncer se torna metastático – sai da próstata e migra para gânglios da pélvis e de lá dissemina-se para ossos e pulmões – o tratamento se torna mais complexo. Dr. Wandemberg explica que nesse estágio da doença, quimioterapia e radioterapia são necessárias e o resultado de sobrevida desses tratamentos é bastante discutível.

Outra intervenção comum para o tratamento do câncer de próstata é a hormonioterapia, que, no caso desta doença, consiste no bloqueio dos hormônios masculinos (andrógenos), que estimulam o crescimento das células do câncer de próstata. De acordo com Dr. Wandemberg, antigamente, esse bloqueio era feito com a retirada dos testículos. “Hoje essa cirurgia foi praticamente abandonada e substituída pelos bloqueadores de testosterona para tratamento intramuscular, procedimento que deve ser realizado uma vez por mês”, afirma. (Com informações de Jimenez Comunicação – 16.11.22)

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