O presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML) Wilson Shcolnik, que participou do Seminário Fleury/SindHosp, no último dia 12 de abril, em São Paulo, falou sobre o número excessivo de exames que não são retirados nos laboratórios. O dirigente mencionou uma pesquisa realizada em 81 laboratórios do Rio de Janeiro, que deu conta que apenas 5,4% dos exames eram acessados.
Outra problemática apontada por Shcolnik foi a notícia veiculada no jornal O Estado de S. Paulo que aponta o exagero nos pedidos de exames (desnecessários) laboratoriais aos pacientes, fator que afeta a sustentabilidade do setor.
“A subutilização dos exames médicos é pouco estudada. Isso deveria ser motivo de reflexão no segmento. Esta prática é bem mais prevalente do que a superutilização, e traz consequências danosas para a assistência e para a segurança do paciente”, afirmou.
Segundo o presidente da SBPC/ML, 10% das mortes causadas por doenças nos Estados Unidos têm contribuição direta dos erros diagnósticos. “A boa notícia é que temos diversas ferramentas que podem ser utilizadas para coibir estes problemas, entre elas, as iniciativas das associações médicas para eliminar os exames obsoletos e o papel, com o aumento dos pedidos eletrônicos, entre outras medidas”, finalizou.
O Seminário Fleury/SindHosp contou com o apoio da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL). (Com informações da Oficina de Mídia – 17.4.18)