Os testes rápidos para detectar a dengue, conhecidos também por Point of Care (PoC), conseguiram diminuir as filas em hospitais, durante um surto em Belo Horizonte, capital mineira, no começo de 2016. Estes exames, aplicados pela patologista clínica Paula Távora, mestre em imunologia pela Universidade de Cambridge, Reino Unido, obtiveram respostas rápidas para os pacientes que se queixaram de sintomas diagnosticados inicialmente como “viroses”.
“Durante 60 dias, nos meses de fevereiro e março, os testes rápidos para dengue foram oferecidos pela clínica em Belo Horizonte em parceria com uma rede de drogaria neste município, com o intuito de estabelecer uma primeira triagem dos pacientes que buscavam atendimento na rede pública com sintomas de dengue. No total, foram 650 pacientes testados, 462 destes, o que representa 71%, diagnosticados com a doença em estágio leve e orientados pela médica e acompanhados clinicamente de forma que não precisassem dar entrada nos hospitais”, comentou a médica.
Desse contingente de pacientes testados, 23 foram identificados com formas mais graves da doença e direcionados a hospitais. Com apenas uma picada na ponta do dedo, os resultados saíram em até 15 minutos, com materiais descartáveis facilmente transportáveis, o que facilita o diagnóstico e tratamento.
“A dengue atinge cerca de 390 milhões de pessoas anualmente no mundo e o Brasil já registrou 1.426.005 casos prováveis da doença entre janeiro e agosto desse ano, segundo a Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS), do Ministério da Saúde. Ter a capacidade de atender à população com qualidade, agilidade e segurança em períodos de surto ou epidemias é decisivo para o bom funcionamento de qualquer sistema de saúde”, concluiu.
(Com informações do portal Labnetwork – 10.11.16)