A situação da cobertura de triagem neonatal no Brasil apresenta um cenário com disparidades. Em regiões de menor desenvolvimento econômico, como no Norte e Nordeste, os estados frequentemente têm coberturas abaixo de 80%.
Nestas regiões ainda são frequentes problemas nas licitações de insumos da triagem neonatal e/ou na aquisição de medicações e fórmulas, o que compromete a eficiência do programa na prevenção das complicações; sendo também identificado coleta tardia dos testes, ou seja, quando o bebê é submetido ao exame após sete dias de vida.
Já na maioria dos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste, o número de doenças na triagem neonatal pública tem sido ampliado paulatinamente, uma vez que existe uma pactuação dos Estados e/ou municípios para o seguimento e tratamento dos bebês afetados.
Para a presidente da Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal e Erros Inatos do Metabolismo (SBTEIM), Dra. Tânia Bachega, é preocupante o fluxo atual do PNTN nas regiões de menor desenvolvimento econômico, “em muitos Estados do norte e nordeste, a cobertura não chega a 80% e a idade média da coleta da amostra neonatal também é tardia. Estes dados mostram a necessidade de um programa de educação continuada das gestantes e de gestores de saúde sobre a importância de se submeter o bebê ao teste do pezinho, como também de fazê-lo na primeira semana de vida”. (Com informações da Oficina de Mídia – 14.11.23)