Acesso à saúde foi o tema protagonista da FISWEEK com participação da CBDL

A melhoria da promoção do acesso à saúde para a população em geral foi o ponto chave da FISWEEK, evento voltado às lideranças do segmento saúde, reguladores e tomadores de decisões, que foi realizado na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), no Rio de Janeiro, entre os dias 6 e 10 de novembro.

O presidente executivo da CBDL, Carlos Eduardo Gouvêa, apresentou, em um painel, a recente resolução da OMS, editada durante a última Assembleia Geral, em maio deste ano, que fortalece o diagnóstico como ferramenta efetiva e necessária para acesso à saúde. “Reforcei a minha fala sobre a última lista essencial de diagnósticos editada pela OMS e na reunião da OPAS, em Buenos Aires, em outubro último, no tocante à promoção dos serviços farmacêuticos como a melhor forma de ampliar a atenção primária à saúde”, comentou Gouvêa.

Durante sua participação, Sérgio Mena Barreto, CEO da ABRAFARMA, comentou como as farmácias estão se preparando para ampliar os serviços farmacêuticos por meio de triagem utilizando-se de testes rápidos e POC (Point Of Care), de forma oferecer grande capilaridade, com serviços e produtos de qualidade.

Já o diretor da Anvisa, Daniel Pereira, trouxe uma visão alinhada com as políticas globais de ampliação do acesso à saúde, mostrando como a Agência tem procurado acelerar o acesso a produtos inovadores utilizando-se, para tanto, de ferramentas regulatórias como o “reliance” e de grupos como o IMDRF, com outros reguladores como FDA, Health Canada, da Europa, Austrália e outros, onde informações e decisões são compartilhadas. Na questão da Resolução 786/2023, que trata da revisão da legislação de laboratórios, falou sobre a experiência da Anvisa com o advento da pandemia, que permitiu o avanço para os novos ambientes de testagem a serem integrados com o sistema de saúde, como forma de diminuir de fato as eventuais fricções na jornada dos pacientes.

Durante o debate, participaram vários associados da CBDL, como Wagner Garcia (Plastlabor) e Jorge Janoni (Kovalent), além de representantes de associações de pacientes como Simone Arede (Associação das Mães Metabólicas).

Em uma mesa redonda, o vice-diretor de diagnóstico da Fiocruz, Antonio Gomes Pinto, mostrou sua recente estratégia de focar na ampliação de ofertas em termos de testes rápidos e POC, inclusive por meio de alianças.  Com isto, tem ampliado bastante seu portfólio com soluções em reagentes, equipamentos e tecnologia, o que permite maior integração e interoperabilidade em várias situações. Por ser parte do Ministério da Saúde e ter um foco nas ações do SUS, BioManguinhos, Gomes Pinto enxerga a RDC 786 como um grande passo para a ampliação do acesso, em novos ambientes de testagem e equipes multiprofissionais, inclusive para atendimento mais efetivo para zonas mais remotas, com um diagnóstico mais precoce.

A SBCP/ML, por seu vice-presidente, Álvaro Pulchinelli, trouxe um relato da experiência com o Programa de Avaliação de Testes de COVID, onde, por intermédio de um consórcio de 13 laboratórios públicos e privados, e união das entidades científicas como SBPC/ML, SBAC, ABRAMED e CBDL, foram feitos mais de 16 mil testes com pacientes brasileiros, avaliando-se um grande número de produtos que vieram ao Brasil. “Esta preocupação com qualidade foi essencial para garantir ao público brasileiro produtos com qualidade, ao mesmo tempo em que permitia à indústria melhorar seus produtos com resultados da vida real e à Anvisa, colaboradora do projeto, ter acesso a resultados destas avaliações para dirimir eventuais dúvidas em casos de reclamações e denúncias. Este foi um bom exemplo para ações futuras, inclusive naquelas que levarão à expansão da testagem em novos modelos. Neste sentido, há grande possibilidade de integração das ações com a supervisão e liderança dos laboratórios, graças à sua experiência”, declarou Gouvêa.  

Por fim, a Controllab, representada por seu CEO, Vinicius Biasoli, trouxe um panorama dos diversos programas de qualidade efetuados por esta empresa de quase 50 anos, que dará todo o suporte para as companhias importadoras e fabricantes, na análise lote a lote a ser feita para o atendimento das exigências da RDC 786 para os testes rápidos destinados às farmácias e aos consultórios. Além disto, programas de proficiência voltados aos profissionais farmacêuticos, além de treinamentos específicos para a melhoria contínua da qualidade, estão previstos. (Com informações da CBDL – 14.11.23)

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