Os campeonatos regionais, além do Brasileirão, começaram a todo vapor com protocolos instituídos pelas federações e pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) acerca da obrigatoriedade da testagem de jogadores antes das partidas.
Este procedimento adotado pelas autoridades enfrentou alguns problemas como o que aconteceu no dia 9 de agosto, em Goiânia, antes do jogo entre São Paulo e Goiás. Parte do elenco esmeraldino estava infectado com o novo coronavírus, o que acabou por suspender a partida. Já havia acontecido anteriormente caso similar com os jogadores do Red Bull Bragantino no campeonato paulista.
Na opinião do presidente executivo da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), Carlos Eduardo Gouvêa, o PCR-RT, que é considerado o teste Padrão Ouro pela OMS, seria o exame mais indicado, já que tem uma excelente especificidade e sensibilidade. “No entanto, este teste deve ser realizado obedecendo uma série de etapas fundamentais para o sucesso do procedimento. A primeira delas é que a coleta deve ser feita de maneira correta e por um profissional habilitado. Se isso não ocorrer, você pode ter uma interferência no resultado”, adverte.
Ainda de acordo com o dirigente, o acondicionamento, o transporte de materiais e a execução do exame dentro do laboratório também são de suma importância. “Trata-se de um sistema, onde o fabricante dá todo o suporte e apoio, principalmente nos casos de testes comerciais que são aqueles que passaram pela aprovação da Anvisa e até do programa de revalidação”, defende Gouvêa.
Segundo o presidente da CBDL, é importante esclarecer que alguns laboratórios também têm liberdade para desenvolver, seguindo alguns protocolos internos, os seus próprios testes. Porém, nesse caso, o fabricante simplesmente fornece os insumos.
Uma alternativa ao PCR-RT, caso os clubes não tenham acesso ao teste padrão ouro, são os testes rápidos de antígeno. “Não são tão sensíveis quanto os PCR, mas darão um resultado muito próximo, fidedigno, de forma rápida e remota”, finaliza.