Pesquisa in vitro pode ser ferramenta no combate às células cancerígenas

Pesquisadores brasileiros, liderados pela professora do Departamento de Química Inorgânica da Universidade Federal Fluminense (UFF), Célia Machado Ronconi, realizaram uma pesquisa que pode ser uma ferramenta eficaz para o combate de células cancerígenas.

O estudo teve como princípio o desenvolvimento de um sistema de transporte de fármacos, e a utilização da doxorrubicina, fármaco usado para diversos canceres. Desse modo, o mecanismo consistiu na liberação do fármaco apenas na célula tumoral. A partir disso, foi criado um reservatório em escala nanométrica com o fármaco. “Aí, a gente tampa esse reservatório como se fosse uma válvula mesmo”, comentou a chefe da pesquisa.

Segundo a cientista, na superfície desse material, foram colocados grupos que reagissem ao PH mais ácido, de modo que a tampa do reservatório se soltasse.

“Deu um resultado bem surpreendente. A gente conseguiu redução de 92% na viabilidade celular. Ou seja, ele matou 92% das células de câncer de mama”, comentou Célia Ronconi.

A pesquisa passará para uma próxima etapa em 2020 e vai envolver não só ensaios com células sadias, mas também in vivo, ou seja, com animais imunodeficientes.

“Ainda falta muita coisa para ser feita. Tem um protocolo a ser seguido”, lembrou. “Mas os resultados foram muito promissores”, concluiu.

O estudo levou dois anos para ser realizado e um artigo, com os resultados, foi publicado na revista britânica Journal of Materials Chemistry B, da Royal Society of Chemistry. (Com informações da Agência Brasil – 17.12.19)

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