Uma nova metodologia desenvolvida pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) facilitará o diagnóstico de pacientes portadores da bactéria que causa a tuberculose.
O método pode diferenciar os casos de infecção latente, onde a bactéria pode ser controlada pelo sistema imune (sem adoecimento) e a forma ativa da enfermidade, quando o paciente apresenta sintomas.
“Considerando as tecnologias disponíveis atualmente, essa metodologia pode ser a base para a produção de um teste rápido do tipo ‘lab on a chip’ para fornecer resultado em poucas horas, a partir de um pequeno volume de sangue, em unidades básicas de saúde ou em localidades com poucos recursos”, aponta o pesquisador do Laboratório de Microbiologia Celular do IOC/Fiocruz , Geraldo Pereira.
A técnica, segundo os pesquisadores, pode ajudar também no diagnóstico de tuberculose extrapulmonar como a tuberculose pleural e a meningite tuberculosa.
A pesquisa foi realizada com testes em amostras de 53 pacientes do Serviço de Pneumologia e Tisiologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Huper/Uerj), com voluntários que apresentavam diversos quadros: sem infecção, com infecção latente pelo M. tuberculosis e com tuberculose pulmonar ativa.
O estudo teve como propósito proteger a saúde para evitar o adoecimento, interromper a transmissão, já que os pacientes infectados podem disseminar a doença por meio da tosse.
“É importante destacar que esse trabalho foi realizado por pesquisadores de duas instituições públicas e financiado com recursos públicos, tendo como foco um problema de saúde da nossa população”, finaliza Geraldo Pereira. (Com informações da Agência Fiocruz – 13.8.19)
