A procura por diagnósticos pela internet aumentou substancialmente nos últimos anos.
Em pesquisa realizada pela Doctoralia, plataforma global de agendamento de consultas, 73% dos médicos entrevistados afirmaram que seus pacientes fizeram questionamentos baseados em informações garimpadas na internet. O grande problema disso tudo são os boatos e as informações errôneas e que não são fidedignas.
O estudo, que ouviu 570 profissionais de saúde, faz um alerta à população, já que as famosas buscas pelo Google podem transformar uma simples dor de cabeça em uma meningite, um AVC, entre outras complicações. O comportamento está preocupando as autoridades médicas no tocante ao autodiagnóstico e automedicação. Estes pacientes estão sendo chamados de “cibercondríacos”.
“Todo site sério sobre saúde ressalta, de uma forma ou outra, que as informações contidas ali não substituem uma consulta médica. Aqui mora o principal problema das pesquisas na internet: as informações acerca de uma condição de saúde ou doença disponíveis online muitas vezes são tratadas como diagnóstico pelo usuário”, salientou Frederic Llordachs, médico cofundador da Doctoralia.
Segundo a pesquisa, 87% dos médicos apontam as redes sociais e os canais de comunicação como difusores de informações inadequadas.
Entre as dúvidas dos pacientes, as maiores incidências (62%) estão nos boatos sobre as terapias alternativas. Em segundo lugar chegam questionamentos sobre alimentação (45%), em seguida vem as questões sobre câncer (38%) e os efeitos colaterais de medicamentos (34%).
“Além de informações que podem estar erradas, ainda há casos em que a informação passada por um parente ou amigo, ganha um ar de credibilidade falso e perigoso. Mesmo quando um diagnóstico é feito em consultório, nem sempre é conclusivo e rápido, ou seja, a saúde merece atenção e cuidado”, concluiu o médico. (Com informações do Forum Saúde Digital – 29.7.19)