LABTEST é pioneira no desenvolvimento e validação de produtos e equipamentos para o diagnóstico veterinário

A Labtest, associada à CBDL, foi a primeira empresa no Brasil a criar, desenvolver e validar reagentes bioquímicos exclusivos para o mercado veterinário. No Brasil até então, os veterinários só tinham à diposição reagentes humanos para testes em amostras de animais. Para Marcelo Genelhu, Key Account Manager, na Labtest, e diretor de Mercado Saúde Animal e Veterinária, na ANBIOTEC Brasil, o veterinário passou a ter uma opção mais rápida e mais segura para o diagnóstico. Outra ousadia da Labtest é seu processo de pesquisa e desenvolvimento e a criação do CDICT Centro de Desenvolvimento Inovação, Ciência e Tecnologia, empresa autônoma do grupo que avalia e valida seus produtos antes de chegar ao mercado.

Por que a LABTEST decidiu produzir e validar produtos e equipamentos para a linha veterinária?

Marcelo Genelhu – Hoje a Labtest amplia a sua linha de produtos veterinários que nasceu em 2011, mas antes disso, a empresa já havia entendido que os reagentes precisavam de adequações de validação para uso veterinário: “a decisão da Labtest veio a partir da percepção de que os produtos de laboratório para exames humanos não é o mais adequado para os animais. É a mesma lógica que existe para os medicamentos. As bases às vezes podem ser as mesmas, mas não podemos usar em pets todo remédio para seres humanos. Da mesma forma isso acontece com o diagnóstico. Muitas vezes percebemos, durante as validações, que um determinado reagente precisava de um ajuste de fórmula para ser mais preciso nas amostras animais. O que ocorre é uma desvinculação de produto humano para o mercado Vet. O veterinário tem mais segurança ao saber que está trabalhando com um produto que foi validado, testado, adaptado ao paciente dele. Nao é simplesmente uma busca mercadológica, mas uma ação mais assertiva. Muitos Laboratórios ainda usam reagentes humanos para testar a urina por exemplo, e já vimos que há alterações. Ou seja, ao usar produtos para humanos em animais o veterinário corre o risco de emitir resultados não tão precisos. Essa precisão só é encontrada nos reagentes de fato veterinários.

As clínicas veterinárias seguem os passos de laboratórios com essas inovações?

Marcelo Genelhu – O foco desses reagentes da Labtest na linha Vet era realmente o uso laboratorial e principalmente para mercado pet, cão e gato. Só que agora, o mercado tem caminhado para uma autonomia das clínicas veterinárias. Antigamente, a pessoa levava seu animal para consulta, o profissional colhia o material e o enviava para um laboratório. Existia ali um delay, uma espera de 2, 3 e até 4 dias para esses resultados dos exames chegarem ao veterinário. E as clinicas viram que isso não era tecnicamente aceitável. Essas clínicas hoje em dia buscam ter um pequeno laboratório para que pelo menos nas emergências, e naqueles exames mais rotineiros, elas possam ter acesso aos resultados de forma mais rápida. Foi assim que essas clinicas começaram a investir em equipamentos que chamamos de point-of-care, pois são de baixo investimento e podem ser utilizados por pessoas minimamente treinadas.

Quais são os lançamentos da LABTEST?

Marcelo Genelhu – Lançamos recentemente novos reagentes, e quando falamos em reagentes, o mesmo tipo de reagente que temos para humanos para detectar a glicose, ureia, creatinina – como marcadores renais, nós temos na versão Vet. A Labtest no inicio se concentrou nos principais, que são para o perfil renal, hepático, e outros, mas vimos que o mercado se expandiu, se especializou, se aprimorou, e isso fez com que abrisse mercado para outros reagentes que já estão virando rotina. Então estamos trazendo esses reagentes para a linha veterinária e nosso objetivo é chegar a um ponto que o veterinário não precise mais de reagentes humanos. É a segurança que queremos passar para o veterinário. Do mesmo jeito que há adaptações para medicamentos com os palatáveis – sabemos como é difícil medicar um animal!, temos a mesma lógica para nossos produtos para diagnóstico Vet. O veterinário pode utilizar nossos produtos, reagentes e equipamentos, na clinica dele em exames emergenciais ou nos principais exames de triagem de forma que possibilitam que ele possa tomar decisões mais rápidas. A veterinária tem um perfil de emergência. O cachorrinho começa a passar mal e o dono chega à clinica, muitas vezes com o animal já em estado grave. O tempo para os resultados do laboratório chegarem, pode ser a diferença no tratamento, e o veterinário está enxergando isso, ele está buscando essa profissionalização a área de diagnostico. A Labtest é uma grande indústria de diagnóstico no Brasil e estamos trabalhando para que tenhamos essa grandeza também na linha vet.

Quais são as novidades para o futuro?

Marcelo Genelhu – Temos 15 reagentes exclusivos para Vet, queremos chegar a 20, 25. Esses novos reagentes estão em fase de validação. As clinicas então rumando nesse movimento que falei antes, e por isso a Labtest está investindo nesse setor também. Vamos ter, no decorrer de 2022, vários lançamentos. Já temos muitos equipamentos que permitem um uso fácil, como por exemplo equipamentos para exames de sangue – o de hematologia veterinária, temos também o de bioquímica. Então, a linha Vet da Labtest tem como foco os laboratórios e também as clínicas veterinárias que tenham laboratório, atendendo assim, o mercado pet como um todo. A Labtest está em fase de registro de teste rápido na linha Vet também. A gama de testes que ja existe é bem extensa. Uma das doenças mais prevalentes aqui em Minas Gerais é a leishmaniose, que é grave, exige tratamento longo. Para essa doença já existe teste rápido. Para autoteste o problema maior é a legislação. Por enquanto, não há permissão para comercializa-los, mas sabemos que no futuro haverá autotestes para as pessoas testarem em seus pets.

Como é o processo para que um produto ou equipamento chegue ao mercado?      

Marcelo Genelhu – Cada produto Vet da Labtest passa por validação, mudamos procedimentos de fabricação, adequamos fórmulas, não pegamos simplesmente o produto humano e colocamos numa caixa escrito VET. Temos esses cuidados. Todos os produtos passam por critérios rigorosos, e qualquer pessoa pode verificar na bula e nas instruções de uso como foi feita a validação, os parâmetros de comparação e outras informações importantes que mostram o carinho que temos com o produto Vet, o mesmo que conferimos aos produtos humanos. E isso é um diferencial importante, é valorizar o mercado Vet.

Por que o setor de P&D da LABTEST é um diferencial?

Marcelo Genelhu – A Labtest não lança nenhum produto sem antes ter feito uma validação extensa, e uma testagem rigorosa com esse produto. E isso não é obrigatório por lei na veterinária. Os reagentes utilizados pelos laboratórios veterinários são inclusive isentos de registro no Ministério da Agricultura. Existem fornecedores de produtos veterinários no mercado que usam materiais para humanos e colocam numa caixinha diferente e dizem que é linha vet. Nós demos um passo a mais. Se a Labtest não for uma das únicas que faz todo esse procedimento que já expliquei, é a única do mercado que faz esse tipo de testagem. É uma empresa de 50 anos, tem uma bagagem, fabricamos e testamos os produtos aqui, diferente de outras empresas que importam e colocam imediatamente no mercado, pois é livre de registro. Outro aspecto: todo o nosso sistema da garantia da qualidade se estende aos produtos veterinários, assim como todo o suporte de pós-venda e assessoria técnico-científica. Temos uma equipe multidisciplinar treinada com anos de experiência para atender os clientes, e isso também é importante. Sabemos que diagnóstico de exame nao é brincadeira.

O que é e o que faz o CDICT – Centro de desenvolvimento Inovação, Ciência e Tecnologia?

Marcelo Genelhu – “É uma empresa dentro da outra empresa”. O CDICT é o resultado do aprimoramento do P&D Labtest, que se transformou em uma empresa autônoma, pertencente ao grupo. O papel do CDICT é desenvolver e validar novos produtos e transferir essa nova tecnologia para a indústria, para ser produzido em escala com a qualidade técnica pretendida. (Mais informações no link https://labtest.com.br/projetos-de-pesquisa-e-desenvolvimento-da-labtest-garantem-qualidade-para-diagnostico-in-vitro/).

Como está o mercado Vet nesse momento em que ainda vivemos na pandemia?

Marcelo Genelhu – No mercado Vet a Labtest bateu record de crescimento, e no ano de 2021 que estava previsto o aumento do mercado de 13%, a Labtest chegou a 27%.  Em plena pandemia foi um dos mercados que mais cresceu. Esses dados são do Instituto Pet Brasil – IPB. (Com informações da Labtest – 10.06.22)

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