A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou no Diário Oficial da União (D.O.U.) do dia 24/08 o registro do Kit Febre Amarela Geral, produzido pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), associado à CBDL.
O produto foi desenvolvido em 2018, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a partir de uma demanda da Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLab) do Ministério da Saúde e no mesmo ano foi distribuído pelo MS na condição RUO (apenas para pesquisa e uso tipo in house) para teste na rede pública de saúde. Os testes para uso em pesquisa seguiram até 2019.
Para o desenvolvimento, o IBMP contou com parcerias importantes, como o Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e a Fundação Ezequiel Dias (Funed/MG). “A contribuição da equipe da drª Anna Maria Bispo de Filippis, da Fiocruz, foi fundamental para a concepção do produto, além de permitir uma avaliação de sua especificidade e sensibilidade”, explica Fabricio Marchini, pesquisador da Fiocruz Paraná e gerente de Desenvolvimento Tecnológico do IBMP.
Com o registro, o produto está disponível para comercialização em laboratórios privados no Brasil e na América Latina que tenham a possibilidade de realizar testes moleculares com a tecnologia de PCR (reação em cadeia da polimerase) em tempo real.
Cada kit para diagnóstico da Febre Amarela pode processar 96 ou 28 amostras, de acordo com a necessidade do laboratório, e é compatível com os principais equipamentos de Biologia Molecular disponíveis no mercado.
De acordo com o Ministério da Saúde, a febre amarela silvestre é uma doença endêmica no Brasil (região amazônica), no entanto, e ocasionalmente são registrados surtos epidêmicos em outras regiões, caracterizando a reemergência do vírus no País. A doença tem grande importância epidemiológica por sua gravidade clínica e também pelo potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti. (Com informações da assessoria de imprensa do IBPM – 10.09.20)