O Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), associado à CBDL, está ampliando seu portfólio de soluções diagnósticas que utilizam a plataforma tecnológica de biologia molecular. O foco prioritário são doenças de interesse para a saúde pública e vigilância epidemiológica. Em seu rol de produtos estão os kits de diagnóstico para Covid-19, febre amarela, zika, dengue, chikungunya (ZDC) e tracoma, todos baseados na plataforma de Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real (qPCR).
“A ampliação do portfólio reforça o nosso compromisso em oferecer produtos de qualidade para a Saúde Pública. São produtos de interesse do SUS, desenvolvidos e produzidos no Brasil”, afirma o diretor-presidente do IBMP, Pedro Ribeiro Barbosa. O desenvolvimento de kits de diagnóstico específicos ou multitestes para determinados grupos doenças permite que paciente receba o diagnóstico confiável e o tratamento apropriado, e também possibilita que as autoridades de saúde executem ações assertivas de intervenção e controle de doenças, a fim de interromper a cadeia de transmissão.
Todos os produtos do IBMP que já estão registrados na Anvisa passaram por longos períodos de testes e contaram com parcerias importantes de laboratórios de referência, como o Instituto Evandro Chagas (IEC), Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e Lacen Paraná.
Com o registro na Agência Reguladora, os produtos podem ser comercializados para laboratórios públicos e privados.
Interesse público – O mais recente produto registrado, o Kit NAT Tracoma, foi demandado pelo Ministério da Saúde. Atualmente, o diagnóstico do Tracoma é feito por meio de avaliação clínica ou por imunofluorescência direta, e ambos os métodos não têm a especificidade/sensibilidade necessárias.
O projeto começou em dezembro de 2015 com a coleta das amostras na Ilha de Marajó (Pará) pelos pesquisadores do Instituto Evandro Chagas do Ministério da Saúde. “A partir destas amostras, o IBMP desenvolveu um método de diagnóstico molecular para detecção da bactéria específico e sensível para o diagnóstico desse agravo”, explica do gerente de Desenvolvimento Tecnológico do IBMP, Fabricio Marchini.
Em 2019, o teste “para uso em pesquisa” foi utilizado como ferramenta no Inquérito Nacional do Tracoma, iniciativa da Coordenação de Hanseníase e Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde. Em 2020 o IBMP registrou este produto na Anvisa.
Projetos de P&D – Outros produtos aguardam o registro da Anvisa ou já estão em etapas avançadas de pesquisa e desenvolvimento, como os Kits Biomol Malária, Hanseníase e Chagas. Outro produto que deverá receber o registro em breve é o teste rápido sorológico destinado a detecção do antígeno da Covid-19. O produto abrirá o portfólio de soluções diagnósticas baseada na plataforma sorológica do Instituto. (Com informações do IBMP – 11.03.21)