Foi lançado, no dia 20 de março, no Fórum ANS sobre Qualidade da Atenção na Saúde Suplementar, no Rio de Janeiro, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), um guia sobre a implantação de modelos de remuneração baseados em valor. As operadoras não estão obrigadas a adotar as novas formas de remuneração.
Segundo a ANS, as propostas são inovadoras e servem para que as operadoras de saúde possam ter uma referência para a remuneração de profissionais de saúde.
“A cada atendimento, exame, cirurgia, é feito um pagamento ao prestador, não importando a qualidade do serviço, e não importando o resultado em saúde para aquele paciente. O Brasil é, por exemplo, o campeão mundial em realização de ressonância magnética. Isso ocorre porque há um estímulo à produção. Os profissionais ganham quanto mais eles produzirem. Os novos modelos de remuneração baseados em valor propõem mudar essa lógica, remunerando quanto mais saudável for a população”, ressaltou o diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Rodrigo Aguiar.
O modelo adotado atualmente é o de procedimento, o que obriga os profissionais a aumentarem a produção para serem pagos com um volume maior. No entanto, segundo a visão do diretor da ANS, gera gastos desnecessários.
O documento indica mais dez modelos em que os pagamentos são vinculados ao resultado, entre eles, o “capitation”, onde o repasse da verba é enviada para a unidade de saúde que terá autonomia sobre a quantia com contrapartida de manter indicadores positivos conforma a população atendida.
A remuneração por episódio, que já foi adotada em diversos países, também está indicada no texto. Neste exemplo, a operadora de saúde repassa ao hospital e aos profissionais de saúde um valor relativo ao tratamento completo, desde os exames diagnósticos. (Com informações da Agência Brasil – 20.3.19)
