Doenças de outono: Como os novos exames podem ajudar a diferenciar as infecções virais, típicas da estação

Com a chegada das estações mais frias, sintomas como coriza, tosse, febre, dor de garganta e dor de cabeça são quase uma unanimidade entre os pacientes que buscam ajuda médica. Sem saber identificar o que de fato está causando tamanho mal-estar, espera-se que os profissionais de saúde tenham a solução para resolver o problema, com a simples prescrição de algum medicamento. Mas acredite, até mesmo os mais experientes e renomados profissionais podem ficar em dúvida ao diagnosticar, entre uma série de diferentes agentes infecciosos, qual deles é o responsável pelo quadro de saúde, a partir de uma análise clínica superficial.

Com o objetivo de tornar essas visitas aos hospitais mais efetivas, direcionando a equipe médica para o diagnóstico e tratamento corretos, novos exames têm cumprido um papel de extrema importância nesse contexto. Os testes sindrômicos, assim denominados por sua capacidade de identificar, simultaneamente, diversos vírus e bactérias que podem estar agindo sobre o sistema imunológico do paciente, seguem liderando a lista das soluções mais eficazes e precisas dos últimos tempos, desde que a pandemia da Covid-19 se estendeu pelo mundo.

E não é para menos. São imensuráveis os ganhos que esses testes têm trazido em termos de bem-estar aos pacientes e economia às operadoras de saúde, reduzindo, consideravelmente, a administração de antibióticos e internações desnecessárias, além da janela de tempo destas pessoas nos hospitais.    

“São ferramentas laboratoriais de testagem, capazes de identificar e diferenciar uma série de patógenos simultaneamente, e apontar, inclusive, se o indivíduo está contaminado por mais de um agente infeccioso ao mesmo tempo. Ao apresentar sintomas clínicos parecidos, como febre, tosse, dor de cabeça, entre outros, as doenças respiratórias impõem dificuldade ao diagnóstico baseado apenas na avaliação médica dos pacientes, consequentemente, ao tratamento mais adequado para combater determinada infecção”, destaca Marcela Varela, Gerente de Marketing da QIAGEN na América Latina, multinacional alemã associada à CBDL, especialista em tecnologia para diagnósticos moleculares que apresenta, entre suas soluções, o QIAstat-Dx, um teste sindrômico que permite a avaliação de um painel respiratório do paciente, ao identificar qual dentre 22 principais agentes, entre bactérias e vírus, é o causador dos sintomas, incluindo o SARS-Cov-2.

Atuando na linha de frente de combate a essas infecções, o médico intensivista do Hospital das Clínicas, Dr. Daniel Joelsons, explica que essas ferramentas são de extrema importância para a efetividade dos sistemas de saúde, que nessa época costumam registrar superlotação. “Caso a infecção seja por bactéria, já iniciamos a administração de antibióticos. Caso precise de isolamento, já providenciamos essa conduta e o tratamento adequado. Os testes sindrômicos facilitam o trabalho da equipe médica e reduzem os efeitos colaterais dos medicamentos desnecessários”, destaca o especialista.

Para Dr. Alvaro Pulchinelli Jr., vice-presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), existem ainda outros atributos dos testes sindrômicos, como a possibilidade de contabilizar a carga viral da contaminação, que permitem entender em que ponto da infecção o paciente se encontra e como está evoluindo. “Conseguimos, por exemplo, direcionar os pacientes em terapia intensiva para uma segunda etapa do tratamento, à medida que os valores apresentarem baixa. Por outro lado, pacientes mensurados com alta carga viral precisarão de atenção especial e uma administração mais incisiva de tratamentos específicos. É um ponto extremamente importante para que possamos agir com rapidez e precisão, principalmente, suspendendo tratamentos desnecessários e agindo em casos críticos”, explica.

Voltado ao diagnóstico clínico e com registro ativo na ANVISA, o QIAstat-Dx realiza, de forma rápida e sem necessidade de manipulação, o diagnóstico direto de amostras de swab nasofaríngeo de pacientes com suspeita de infecção respiratória, e libera o resultado da análise em até uma hora. Sua tecnologia tem o potencial de diminuir o tempo de permanência do paciente no hospital, evitar internações desnecessárias e identificar pacientes que, dependendo da contaminação, precisam de isolamento ou demais medidas de controle da infecção. Além disso, sob o diferencial de mensurar os valores de carga viral (CT), a ferramenta agrega ainda mais informações para os médicos. (Com informações da Notícia Expressa – 19.04.22)

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