Dirigentes da Aladdiv falam sobre as dificuldades de acesso para diagnosticar epidemias em seus países

Os representantes da Aliança Latino Americana para o Desenvolvimento do Diagnóstico In Vitro (Aladdiv), Graciela Russomando (Paraguai) e Freddy Tinajeros (Bolívia), falaram sobre as dificuldades que seus países enfrentam para diagnosticar epidemias e doenças tropicais. Os dois participaram do VIII Workshop Internacional, realizado na última semana, no auditório da sede do Grupo Fleury, em São Paulo.

Graciela Russomando, secretária da Aladdiv e professora da Universidad Nacional de Asunción (Paraguai) criticou o acesso à qualidade do diagnóstico laboratorial na saúde pública. “As experiências no Paraguai, no que se refere às epidemias emergenciais, não são muito boas na relação público/privada na área de diagnóstico. A baixa qualidade de alguns testes, quando não há um sistema regulatório robusto e a falta de acesso são tão letais quanto os maus medicamentos”, advertiu.

Um dos exemplos foi o teste de malária realizado na Tanzânia, em 2006. Os testes de microscópio indicavam que 75% das pessoas estavam infectadas com a doença, enquanto que em 2008, com o uso dos testes rápidos, apenas 15% foram diagnosticadas com a enfermidade. Outro paradigma apontado por Graciela foi com relação ao exame Point of Care (POC) da dengue, que dizia ter 100% de sensibilidade, enquanto na avaliação da OMS era apenas de 23%.

O vice-presidente da Aladdiv e professor da Johns Hopkins University, o boliviano Freddy Tinajeros, dissertou sobre os exames rápidos de sífilis e doença de Chagas na Bolívia. O dirigente falou sobre um estudo em 39 centros rurais bolivianos que contabilizaram 99,8% de acertos de resultados nos exames de sífilis em apenas 15 minutos. (Com informações da Oficina de Mídia – 19.04.2018)

 

 

 

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