Começa dia 10 de fevereiro o curso online gratuito “O Papel do Diagnóstico na Resposta à Resistência Antimicrobiana”, iniciativa da London School of Hygiene and Tropical Medicine, com apoio da Aliança Brasileira para o Desenvolvimento do Diagnóstico in Vitro (Aladdiv) e a Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL).
O curso (apelidado de MOOC, em inglês), com duração de seis semanas, apresentará traduções para o português, francês e espanhol em seus principais conteúdos. A medida permitirá que mais pessoas possam aprender sobre esta crise global emergente, de tal forma que possam tomar as devidas ações na luta contra a Resistência Antimicrobiana (RAM).
Para se inscrever é necessário se registrar no link:
Sobre a RAM
O uso indiscriminado de antibióticos e outras drogas microbianas criaram uma bomba relógio – a resistência antimicrobiana, ou RAM, problema que ameaça a medicina moderna.
Antibióticos foram considerados como drogas milagrosas quando a penicilina e outros foram inicialmente introduzidos. Infelizmente, o mundo chegou ao fim deste milagre. Sem antibióticos efetivos, cirurgias de rotina, nascimentos e até mesmo terapias de câncer ou diabetes tornaram-se de alto risco. A RAM mata atualmente 70 mil pacientes por ano. Ao redor do ano 2050, este número chegará a 10 milhões. Infecções resistentes exigem drogas mais caras, longas estadias em hospitais, além de levar mais de 28 milhões de pessoas à pobreza.
Como funciona o MOOC?
“O Papel do Diagnóstico na Resposta à Resistência Antimicrobiana” é um curso de seis semanas, demandando de duas a quatro horas por semana. Elaborado para ser um aprendizado flexível, o curso é desenvolvido por professores e especialistas ao redor do mundo.
A iniciativa apresenta uma extensa variedade de aulas em vídeo e áudio, além de artigos, animações e estudos de cases clínicos e laboratoriais de mais de 25 países. Há também um fórum de discussão interativa com experiências de alunos de todas as partes do mundo.
“A internet e as modernas ferramentas como os MOOCs nos permitem atingir pessoas de cada um dos cantos do mundo de uma forma que nunca antes havíamos experimentado”, comenta Rosanna Peeling, da London School of Hygiene and Tropical Medicine.