A tecnologia tem sido pauta dos principais líderes, nos mais variados segmentos. Impossível pensar em estratégia, sustentabilidade, ter um olhar a longo e médio prazo sem focar nisso. Ela é, sem dúvidas, um dos pilares da sustentação e renovação dos negócios.
Cada vez mais percebemos esta disciplina inserida nas áreas de negócios e nas grades multidisciplinares das universidades. Se pararmos para pensar, toda empresa hoje é uma empresa de tecnologia. Até por este motivo, por mais estranho que pareça, atualmente é insensato deixar os projetos desta natureza 100% nas mãos dos departamentos de TI, sem alinhamento e envolvimento dos usuários de negócios.
Com este cenário, as barreiras físicas foram rompidas, tornando o que já era globalizado, ainda mais sem fronteiras. Isso aumentou consequentemente a velocidade com que as coisas acontecem e, claro, a competitividade. Não existem mais limitações e tudo pode ser feito a qualquer hora, a partir de qualquer lugar. Se você deixa de oferecer um serviço para um paciente ou um cliente, ou não atende uma demanda do mercado, por exemplo, pode ter certeza de que alguém, em algum local, dará atenção àquilo.
Sem falar que o consumidor diante deste cenário está cada vez mais empoderado, buscando por excelência e personalização. As experiências digitais são cada vez mais importantes para os consumidores, que preferem cada vez mais comprarem, venderem e interagirem usando os meios e canais digitais.
Quando finalmente chegamos na saúde e na medicina diagnóstica temos todas essas variáveis e mais dois cenários importantes que se somam a elas. A longevidade, ou seja, a inversão da pirâmide etária e mais pessoas dependendo do serviço, além do crescimento da diversidade, dos novos tratamentos e das novas demandas. E, outro ponto, é a pressão por custos, que tanto se fala no setor. A busca pela eficiência operacional, por qualidade, pela eliminação de desperdícios e redução de tempo. Claro que, inserido em um contexto maior de grande fragmentação do setor.
Mas, quais são os limites para a tecnologia na medicina diagnóstica? Até onde podemos expandir os horizontes? Como acompanhamos muito de perto esse setor aqui na Shift, vemos que CEOs estão buscando investir em tecnologia e quanto maior a sua curva de maturidade, maior a necessidade dela e maiores as exigências. Até porque isso acaba sendo diretamente proporcional ao que se tem em relação a metas e resultados.
Existem algumas aplicações-chave nessa busca pela eficiência operacional, junto a redução de custos. Os dados são a premissa para quem quer ter foco em renovação. Aliado a isso também é importante olhar para a expansão da jornada do paciente e na promoção de cuidados, que estão cada vez mais integrados e personalizados. Além de proporcionar mais autonomia para o paciente. As ferramentas digitais vieram para ficar e não param de expandir-se como meio de conectar serviços de saúde e pacientes.
E, como a informação fragmentada tem seu valor e igualmente tem seu limite, tem se falado muito em interoperabilidade no setor de medicina diagnóstica. Ela é indispensável para se ter base robusta de informações, que podem ser posteriormente trabalhadas, gerar conhecimento, oportunidades, solucionar desafios, ajudar a trazer, diferenciação e sustentabilidade através da tecnologia.
Por isso, a necessidade de um olhar estratégico e da busca por parceiros que possam de fato agregar soluções e apoiá-los na diferenciação dos negócios. É preciso mais que um fornecedor de sistema, pois o que se espera é um alinhamento estratégico de tecnologia, uma relação de confiança. Não podem existir limites nessa transformação dos negócios. A eficiência operacional precisa ser alcançada e a tecnologia é parte importante disto.
Alexandre Calegari, gerente de produtos da Shift, é graduado em Tecnologia da Informação e especialista em Gestão Estratégica a Inovação Tecnológica
(Com informações da Dehlicom – 27.01.22)