CBDL apoiou seminário sobre desafios da Saúde Suplementar promovido pelo Grupo Fleury e Sindhosp

Aconteceu nesta terça-feira, 27 de junho, em São Paulo, a 10ª edição do seminário que discute a Saúde Suplementar brasileira. Promovido pelo Grupo Fleury e pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Sindhosp), representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) e Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP) discorreram sobre as conquistas e os desafios do setor.

 

O presidente do Grupo Fleury, Carlos Marinelli e o presidente do Sindhosp e da Federação dos Hospitais do Estado de São Paulo (Fehoesp), Yussif Ali Mere Junior fizeram a abertura do encontro.

 

“Como podemos demonstrar que qualidade é via mandatória para reduzir os desperdícios do sistema e, consequentemente, para fornecer a assistência adequada às pessoas que buscam os serviços de saúde? Como podemos evitar generalizações que confundem a perspectiva da sociedade sobre nosso setor?”, questionou Marinelli ao iniciar o Seminário.

 

Apesar de grandes desafios como modelo de remuneração, aumento dos custos e diminuição dos beneficiários, judicialização, corrupção, entre muitos outros, a concordância entre os participantes para a sustentabilidade do setor apareceu em medidas como: o resgate da confiança entre os elos da cadeia e a profissionalização no longo prazo do setor, incluindo práticas de governança clínica e corporativa que visem à promoção e prevenção da saúde coletiva e individual de cada beneficiário.

 

Segundo Karla Coelho, diretora de normas e habilitação dos produtos da ANS, alguns programas da Agência são exemplos de conquistas, caso do Programa de Risco Assistencial das Operadoras de Planos de Saúde, que visa prevenir anormalidades que ponham em risco a continuidade ou a qualidade do atendimento prestado. “Quando há necessidade de um plano de recuperação junto à operadora, um diretor técnico é enviado para atuar como intermediário entre a empresa e a ANS na condução das mudanças necessárias”, explicou .

 

Para a diretora adjunta da Diretoria de Desenvolvimento Setorial da ANS, Michelle Mello, paradigmas e resistências precisam ser quebrados para o desenvolvimento de um setor sustentável e permitir-se ser avaliado, sem um foco punitivo, é um caminho que faz parte da aprendizagem e melhorias.  “Se a gente quer ter como foco a qualidade, a redução do volume de procedimentos e o ganho de valor nesse processo do cuidado, a forma de organização de prestação precisa ser repensada e, consequentemente, a de remuneração”, completou. Como exemplo ela citou  a TISS (Troca de Informações na Saúde Suplementar), que contribui para revelar os desperdícios a serem combatidos.

 

A assistência hospitalar representa em torno de 30% a 32% dos custos da saúde no mundo inteiro. Para Yussif, do Sindhosp, a remuneração é uma situação complexa, que exige debates e também aplicação prática de acordo com a instituição e o serviço prestado.

 

Francisco Balestrin, presidente da ANAHP, elogiou a criação de Grupos Técnicos para discutir e construir projetos como Idoso Bem Cuidado, Obesidade, Acreditação, Modelo de Remuneração, a situação das OPMEs (Órteses, Próteses e Materiais Especiais) etc.

 

Já a presidente da Abramed, Claudia Cohn, aproveitou o encontro para anunciar o lançamento de um novo código de conduta para as empresas de medicina diagnóstica com diretrizes explícitas sobre a ilegalidade de atrelar benefícios financeiros a solicitações de exames – práticas que violam a ética médica.

 

A problemática da judicialização, que onera o mercado, veio à tona por meio do superintendente de Regulação da FenaSaúde, Sandro Leal. “78% dos juízes assumem que a função da proteção da justiça social é mais importante do que o respeito aos contratos entre prestadores de saúde e operadoras de planos de saúde“, mencionou.

 

O CEO do Sindhosp e da Fehoesp, Marcelo Gratão, apresentou uma pesquisa que retrata alguns progressos na relação de contratos entre operadoras e prestadores, mas evidenciou também os problemas a serem superados na busca do equilíbrio desejado.

 

Um talk show comandando pelo gerente de Relações Institucionais do Grupo Fleury, Dr. Wilson Shcolnik, encerrou o seminário, que contou com apoio institucional da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), entre outras entidades do setor.

 

 

(Com informações do portal Labnetwork – 29.6.17)

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