O HIV é o vírus da imunodeficiência humana, uma Infecção Sexualmente Transmissível. O vírus HIV ataca o sistema imunológico, atingindo principalmente os linfócitos T CD4+ e podendo levar a Aids, caso não seja tratado da forma correta.
Em 1985, surgiu a primeira geração de imunoensaios para o diagnóstico do HIV, desde então a tecnologia evoluiu e atualmente os testes mais comumente utilizados para o diagnóstico do HIV são os imunoensaios de 3ª e 4ª geração. O teste de 3ª geração é capaz de detectar anticorpos específicos para o HIV, já o teste de 4ª geração é capaz de combinar o diagnóstico de anticorpos específicos com a detecção do antígeno p24.
Uma vez que o indivíduo é infectado pelo vírus do HIV, seu sistema imunológico é ativado e automaticamente o organismo irá produzir anticorpos específicos, em geral, este intervalo é de 30 dias. Esse período é chamado janela imunológica. Isso significa que uma pessoa infectada que faz um teste de 3ª geração durante este período pode ter um resultado interpretado como não reagente, uma vez que a produção de anticorpos específicos ainda não atingiu o nível de detecção suficiente para reconhecimento. A solução para reduzir o período desta “janela imunológica” e diagnosticar o HIV precocemente é realizar testes de 4ª geração, com a detecção do antígeno p24 reduzindo a janela imunológica para cerca de 15 dias.
De acordo com os fluxogramas definidos pelo Ministério da Saúde, para o diagnóstico do HIV deve-se sempre realizar dois testes, o primeiro deve ser o mais sensível, seguido por um segundo teste mais específico. Existem seis fluxogramas que se adaptam a diferentes realidades, configurações de testes e perfis de pacientes que esse diagnóstico envolve.
O fluxograma 3, que é o que permite o diagnóstico mais precoce do HIV, é composto por um teste inicial de 4ª geração e um segundo molecular. Este fluxo é especialmente importante nos casos em que apenas o antígeno p24 é detectado no paciente, uma vez que os demais ensaios confirmatórios que só detectam anticorpos ainda estão dentro da janela imunológica e resultariam como não reagente.
Como uma solução para este tipo de necessidade, a Diasorin, empresa filiada à CBDL, oferece o LIAISON XL Murex HIV Ab/Ag, um ensaio de 4ª geração que permite ao laboratório a diferenciação da fase da doença. Este ensaio tem a capacidade de identificar separadamente antígeno e anticorpo na amostra de cada paciente – e libera o resultado – interpretando ambos os parâmetros. É um teste que irá facilitar o direcionamento para o ensaio confirmatório específico.
Já o LIAISON XL Murex HIV Ab/Ag HT (High Throughput), é uma alternativa para laboratórios que buscam por maior velocidade no processamento das amostras. O teste também de 4ª geração, possui menor tempo para liberação do resultado, porém sem a diferenciação entre antígeno e anticorpo. Ambas as soluções possuem excelente sensibilidade, especificidade e são validados para uso em bancos de sangue.
Abaixo estão listadas as principais diferenças entre os ensaios:
LIAISON XL Murex HIV Ab/Ag | LIAISON XL Murex HIV Ab/Ag HT | |
Código | 310260 | 310290 |
Tecnologia | CLIA | CLIA |
Método | Sanduíche direto; duas etapas | Sanduíche direto; duas etapas |
Tempo para o primeiro resultado | 55 minutos | 32 minutos |
Resultado | Qualitativo | Qualitativo |
2 sub resultados individuais | ||
Interferência da Biotina | Nenhuma interferência foi observada | Nenhuma interferência foi observada |
Sensibilidade | 100% | 100% |
Especificidade em Doadores de Sangue | 99,69% | 99,90% |
Especificidade na Rotina Diagnóstica | 98,98% | 99,81% |
Volume de amostra | 350 µl | 200 µl |
Reagentes | Pronto para uso | Pronto para uso |
Controles | Pronto para uso | Pronto para uso |
Calibradores | Pronto para uso | Pronto para uso |
Número de testes/Kit | 200 | 200 |
(Com informações da Diasorin – 19.12.23)