A Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, mobilizou 310 mil mulheres, entre 40 e 74 anos, que estavam com a mamografia atrasada para realizarem o exame entre abril e julho desse ano. O número representa aproximadamente 11% do total de 2,8 milhões de mulheres que deixaram de fazer exames de rastreio ou de diagnóstico de câncer de mama, no último ano, nas unidades da rede. Cerca de 4,5 mil exames apresentaram risco (alto, intermediário ou baixo) de câncer de mama, estimando que 25% desses sejam diagnósticos positivos para câncer.
O mapeamento das mulheres que estavam há um ano com seus exames de mamografia em atraso e a mobilização para retomarem os exames só foram possíveis porque como ecossistema, a Dasa integra e gera informações, em um data lake com mais de 5 bilhões de dados, alinhados a LGPD e sendo mais de 50% deles interoperáveis. A tecnologia suporta a identificação dos gaps e a realização de ações proativas para prevenir e até salvar vidas de mulheres com risco de câncer de mama.
“Em uma ação integrada e proativa orquestrada por profissionais multidisciplinares, como médicos, enfermeiros, cientistas de dados, antecipamos riscos e atuamos pela saúde, ativando o contato com pacientes e seus médicos e mobilizando-os para a importância do rastreamento que pode reduzir a mortalidade pela doença em até 30%1”, diz Ana Elisa Siqueira, diretora de Cuidados Integrados e Inovação Assistencial da Dasa.
Rastreamento genético: o protocolo padrão para tratar boa parte dos cânceres de mama em estágio inicial envolve a combinação de cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Mulheres com câncer de mama em estágio inicial do tipo positivo para receptor de estrógeno (RE+) e negativo para (HER2-), marcadores que aumentam o risco de metástase, podem realizar um teste genético que evita quimioterapias desnecessárias. O exame estratifica o risco do desenvolvimento de metástases em 10 anos (se não tiver metástase em 5 anos o tempo de predição é de 15 anos), classificando o tumor pelo risco alto ou baixo e ajuda o médico na tomada de decisão sobre a necessidade, ou não, da quimioterapia pós-cirurgia para pacientes
Câncer de mama sem quimioterapia: Em um levantamento comparando mil biópsias seguidas de teste genético versus só a biópsia, a Dasa encontrou: 50% de tumores de baixo risco, 35% de risco intermediário e 15% de alto risco entre as pacientes que não realizaram teste genético seguido da biópsia. Entre aquelas que realizaram o teste genético os tumores de baixo risco sobem para 63%, os de risco intermediário caem para 25% e os de alto risco passam para 12%. “Para mulheres com câncer de mama do tipo RE+ e HER2-, grupos específicos de câncer de mama, aliar o teste genético à biopsia reduz drasticamente o tempo de duração do tratamento, e pode reduzir em até 50% a necessidade de quimioterapia, consideradas desnecessárias”, diz Campana.
Para mais informações a Dra. Ana Elisa Siqueira, diretora geral de cuidados integrados e inovação assistencial da Dasa está à disposição para entrevistas.
Referência: 1. Ribeiro, Rodrigo Antonini, Caleffi, Maira e Polanczyk, Carisi AnneCusto-efetividade de um programa de rastreamento organizado de câncer de mama no Sul do Brasil. Cadernos de Saúde Pública [online]. 2013, v. 29, suppl 1 [Acessado 24 Agosto 2021], pp. s131-s145. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0102-311X00005213>. Epub 24 Set 2013. ISSN 1678-4464. https://doi.org/10.1590/0102-311X00005213. (Com informações da Bowler – assessoria de imprensa da Dasa – 08.11.21)
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