O governo federal comprou 10% a menos de artigos médicos e veterinários no primeiro semestre de 2016, em relação ao mesmo período em 2015. A indústria, desse modo, conseguiu negociar R$ 600 milhões a menos para a União nesse ano.
“O setor respondeu com negociação de condições, mas temos alertado que a equação não fecha.”, criticou Antônio Britto, presidente da Interfarma. Na visão do dirigente, o Governo Federal tem comprado pouco, lançado editais de licitação com prazos curtos e atrasado pagamentos para conseguir reduzir custos.
“Notamos que o estoque de produtos que o governo mantinha foi reduzido”, disse Rolf Hoenger, presidente da Roche Brasil.
De acordo com as instituições do segmento de produtos médico-hospitalares, o setor vem sofrendo muito com a ampliação dos prazos de pagamentos, principalmente nas esferas estaduais e municipais.
“É um mercado de risco alto no país. Só temos entrado em licitações após muita análise prévia dos recursos disponíveis”, afirmou Eduardo Tugas, executivo da Fujifilm do Brasil.
(Com informações da Folha de São Paulo – 8.8.16)