Nova tecnologia para detecção da tuberculose latente recebe aprovação da Anvisa e estará disponível em breve no Brasil

A tuberculose é, ainda hoje, um problema de saúde pública mundial. A doença infecciosa, causada pelo Mycobacterium tuberculosis (ou bacilo de Koch) é uma das que mais matam – somente em 2020 levou 1,5 milhões de pessoas a óbito. Entre as estratégias globais da Organização Mundial da Saúde (OMS), que havia definido como meta erradicar a tuberculose até 2030, é necessário realizar um rastreamento efetivo dos infectados, principalmente, daqueles que fazem parte do chamado grupo de risco da doença, ainda que seja em sua fase latente (ILTB) – quando não apresenta sintomas -, iniciando o tratamento o quanto antes.

Por este motivo, grandes empresas como a multinacional alemã especialista em tecnologia para diagnóstico molecular, QIAGEN, empresa filiada à CBDL, segue aprimorando suas soluções e investindo em novas tecnologias, como parte dos esforços globais contra a tuberculose. Recentemente, a companhia apresentou ua nova tecnologia de alta performance para auxiliar no diagnóstico da infecção latente por tuberculose, o QIAreach QuantiFERON – TB. O exame acaba de receber a aprovação da Anvisa e, em breve, estará disponível aos pacientes do Brasil.

“Com o QIAreach QuantiFERON-TB, demos um grande passo para não deixar ninguém para trás ao enfrentar uma doença mortal como a tuberculose, que é cruel, porém evitável. Com esta nova forma inovadora de detectar a ILTB, podemos ajudar a prevenir que pacientes, especialmente aqueles em países de alta carga de TB como o nosso, desenvolvam a forma ativa da tuberculose”, destaca Paulo Gropp, vice-presidente da QIAGEN na América Latina, que complementa, “este novo teste combina a comprovada tecnologia QuantiFERON-TB da QIAGEN com um dispositivo digital portátil, fácil de usar, e que fornece resultados extremamente confiáveis, sem a necessidade de infraestrutura laboratorial complexa, a um custo mais baixo”.

Ainda de acordo com o executivo, o objetivo da QIAGEN é viabilizar a realização dos testes em localidades que apresentam alta carga de contaminação, com poucos recursos para o combate da doença e a necessidade da testagem descentralizada, muitas vezes, sem infraestrutura laboratorial.

“Este é, sem dúvida, um marco na luta contra um patógeno que já infectou mais de dois bilhões de pessoas em todo o mundo. Construído com base na comprovada tecnologia do já consagrado teste IGRA QuantiFERON-TB Gold Plus, o novo teste rápido é uma das alternativas para recuperarmos todos os avanços que havíamos conquistado nos últimos anos em relação à erradicação da tuberculose e que foram perdidos durante a pandemia, quando muitos pacientes deixaram de ser diagnosticados e tratados. Estamos trabalhando para levar essa nova tecnologia de fácil uso e acessível financeiramente a todos os que precisam”, complementa.

Segundo Raphael Oliveira, Gerente de Marketing Regional LATAM para Diagnósticos Moleculares da QIAGEN, o novo teste não substitui o QuantiFERON-TB Gold Plus, mas permite que uma nova metodologia de testagem seja aplicada de maneira mais ampla e rápida. “O QuantiFERON-TB Gold Plus é considerado um teste referência de alta tecnologia e requer uma infraestrutura laboratorial, por isso, atende às demandas centralizadas. A chegada do QIAreach QuantiFERON-TB amplia o acesso aos testes IGRA ILTB a localidades mais distantes e com pouca infraestrutura, tanto que, para sua realização não é necessária expertise técnica. A partir de 3 a 20 minutos ele fornece a resposta ao paciente, por meio de resultados qualitativos”, explica.

Pessoas que possuem a infecção latente por tuberculose são consideradas como reservatórios do bacilo e, a qualquer momento, caso ocorra alguma questão importante em relação à imunidade, elas podem vir a desenvolver a forma ativa – sintomática e altamente contagiosa. Entre os grupos de risco da doença estão portadores de HIV positivo, pessoas que recebam tratamento anti-TNF-alfa ou imunossupressores, pessoas que tiveram contato com portadores da enfermidade, crianças abaixo de 5 anos, profissionais da área da saúde, imigrantes, população privada da liberdade e que vivam em ambiente comunitário, como idosos e militares. (Com informações da AtitudeCom – 29.08.22)

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