Em entrevista para o jornal O Globo, o presidente executivo da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), Carlos Eduardo Gouvêa, falou sobre as sondagens e os pedidos de empresas privadas para a aquisição de kis de diagnóstico de Covid-19 junto aos associados da entidade.
Isso representa que muitas companhias vão aderir à testagem em massa em seus funcionários para a detecção do coronavírus para retomar suas atividades. De acordo com estimativas da CBDL, o setor privado está encomendando 30 milhões de kits para diagnosticar seus colaboradores. O que significa que, até outubro, o setor privado pode ultrapassar a meta do Ministério da Saúde, que prevê a testagem de 46 milhões de pessoas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo Gouvêa, a produção global dos testes rápidos começou a se normalizar e, a partir de maio, a probabilidade é grande que os novos kits cheguem em grande volume ao Brasil. “Como a China passou a exigir certificado de boas práticas de seus fabricantes, alguns fecharam e quem tinha pedido ficou sem receber. Mas agora o mercado está se equilibrando, com novos fornecedores na Coreia do Sul, Europa, Estados Unidos e Canadá”, comentou ele.
Sobre a testagem em massa em empresas, Gouvêa comentou que a tendência não é testar todos os funcionários, mas sim, os mais expostos e os que tiveram contato com pessoas que desenvolveram a doença ou a suspeita de terem contraído.
Um dos exemplos de compra de kits de diagnóstico para Covid-19 é a Via Varejo, que detém a marca Casas Bahia, que deseja adquirir 15 mil kits.
No entanto, as empresas que planejam testar seus funcionários, não basta apenas comprar o kit. É preciso, por lei, que a empresa contrate um laboratório de análises para a aplicação e interpretação do exame. Se o resultado der positivo, é o laboratório que deve reportar as secretárias de saúde ou autoridades sanitárias. (Com informações do jornal O Globo – 27.4.20)