Pesquisadores desenvolvem método para aferir dosagem de hormônios esteroides

Um grupo, sob coordenação da professora Lúcia Helena Faccioli, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FCFRP-USP), desenvolveu um novo método baseado em espectrometria de massas para a dosagem do plasma sanguíneo de animais e de humanos em seis hormônios esteroides: cortisol, cortisona, corticosterona, progesterona, aldosterona e 11-DHC.

“Todas essas substâncias são mediadores lipídicos envolvidos em diversas patologias, entre elas a depressão. Mas para entender como isso tudo é regulado precisávamos de uma metodologia mais simples e precisa para medir os níveis desses hormônios tanto no sangue como nos tecidos afetados”, relatou a pesquisadora.

De acordo com a cientista, os kits reagentes são capazes de identificar as substâncias, mas este kit consegue reconhecer de forma específica.

“Não são raros os casos de reação cruzada com esse tipo de teste. Além disso, para o metabólito 11-DHC, que é um dos focos da nossa pesquisa, não havia nenhum método disponível para fazer a medição”, comentou.

A pesquisa foi publicada no Journal of Mass Spectrometry.

Para chegar ao método, os pesquisadores realizaram experimentos com camundongos suscetíveis ao estresse. “A cada dia, ao longo de duas semanas, os roedores eram submetidos a uma situação adversa que variava, de forma imprevisível. Um dia ficavam sem comida, no outro ficavam sem água. Depois o ciclo de claro e escuro era invertido e, no dia seguinte, eram forçados a nadar durante alguns minutos”, narrou a pesquisadora.

Desse modo, os testes de monitoramento de reações múltiplas em alta resolução (MRM, na sigla em inglês), revelaram o grau de corticosterona no plasma dos roedores: 4,5 vezes maior que o do grupo controle. (Com informações da Agência Fapesp – 9.8.18)

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