Cientistas ligados às faculdades de Medicina (FMRP) e de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da Universidade de São Paulo (USP) utilizaram uma ferramenta de edição de DNA, o sistema CRISPR/Cas9, que é capaz de manipular o gene Aire, responsável pelo controle das doenças autoimunes.
A pesquisa, que contou com o apoio da Fapesp, foi publicada na revista Frontiers in Immunology.
“Usamos, pela primeira vez, o CRISPR/Cas9 para anular o Aire em células mTEC de camundongos cultivadas in vitro e estudar o efeito da perda de função desse gene”, comentou o professor da FMRP e da FORP-USP e coordenador do projeto Geraldo Aleixo Passos.
O pesquisador detalhou que as doenças autoimunes são estimuladas por autoanticorpos ou por linfócitos T autoagressivos. Tais células são impedidas pela glândula timo para não atacarem o próprio organismo. No entanto, quando esta proteção falha, o timo promove o escape dos linfócitos T autoagressivos que são capazes de agredir os órgãos.
“Decidimos testar a hipótese de que o gene Aire estaria envolvido na eliminação dos timócitos autoagressivos ao controlar a adesão física ou contato deles com as células mTEC. Sem o contato físico com as células mTEC os timócitos autoagressivos não são eliminados”, revelou o coordenador. (Com informações do portal Labnetwork – 4.7.18)