A Organização Pan-Americana de Saúde, OPAS, esteve presente no VI Workshop Internacional, evento que ocorreu no Costão do Santinho Resort, em Florianópolis, Santa Catarina, nos últimos dias 15 e 16 de setembro.
O encontro foi organizado pela Aliança Latino-Americana para o Desenvolvimento do Diagnóstico In Vitro (ALADDIV), em conjunto com o The International Diagnostics Centre e a London School of Hygiene & Tropical Medicine, com apoio da Aldimed e da Câmara Brasileira do Diagnóstico Laboratorial (CBDL). A OPAS foi representada por Murilo Contó, da área de Gestão e Avaliação de Tecnologias em Saúde.
Contó, que falou sobre a regulação de dispositivos médicos na América Latina, traçou um mapeamento regulatório do continente latino-americano e destacou os encontros regionais já realizados em países como Cuba, Argentina, Estados Unidos, Colômbia e Brasil. O próximo encontro será na Cidade do México, de 18 a 21 de outubro, e será a primeira vez que a OPAS terá uma sessão aberta com a participação da indústria.
“A OPAS, que é afiliada ao IMDRF, trabalha com a atuação dos chamados grupos-espelho, com os sistemas de comunicação digitais e com o programa de intercâmbio de relatórios de dispositivos médicos, o REDMA”, destacou.
Além disso, a entidade realiza, periodicamente, reuniões técnicas de capacitação presencial e workshops de regulação, e ainda conta com cursos on-line com a carga horária de 50 horas.
Com relação ao mapeamento das regulações nas Américas, Contó mostrou indicadores críticos e informativos, ilustrando os que cumprem ou não com as exigências para um bom funcionamento de um programa de regulação de dispositivos médicos. O especialista apontou uma grande heterogeneidade com as situações regulatórias regionais.
Entre os dados fornecidos por Contó estão elementos relevantes para o setor: 40% dos 15 países que compõe a OPAS contam com programas de capacitação permanente sobre regulação; 60% mantêm alianças colaborativas com outras instituições e 73% têm regulação específica para os importadores e distribuidores de dispositivos médicos.
“Mesmo que a situação regulatória do continente seja heterogênea, considero como positivo o intercâmbio e a troca de experiências. No entanto, há uma necessidade premente de atualizações constantes para reduzir as brechas e promover iniciativas e alianças colaborativas”, concluiu.
(Com informações da Assessoria de Imprensa da CBDL – 20.9.16)