De acordo com indicadores do Boletim Econômico, expedido pela Websetorial, pesquisa encomendada pela Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), o mercado do setor de dispositivos médicos teve um crescimento de 1,6 % no ano de 2022 frente a 2021.
No acumulado de janeiro a dezembro de 2022, a realização de exames na atenção ambulatorial do SUS cresceu 13,7% em relação ao mesmo período de 2021. No total, foram realizados mais de 1 milhão de exames, ante cerca de 963 milhões no mesmo período do ano passado. Nesse contexto, destacam-se os aumentos de 30% nos exames de teste rápidos, e de 25,5% nos exames de diagnóstico por ressonância magnética no SUS.
Outros números
No que se refere ao número de vagas de empregos diretos, no acumulado de janeiro a dezembro de 2022, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, houve a abertura de 7.842 vagas nas atividades industriais e comerciais do setor de dispositivos médicos, o que totalizou o contingente de 162.962 trabalhadores nesse mercado, número que não inclui os empregados em serviços de complementação diagnóstica e terapêutica. Entre os segmentos, destaca-se o incremento de 3.791 postos de trabalho na “Indústria de instrumentos e materiais para uso médico, odontológico e de artigos ópticos’’.
Importações e Exportações
No acumulado de janeiro a dezembro de 2022, as importações de DMs (Dispositivos Médicos) totalizaram US$ 6,3 bilhões, com recuo de 5% em relação ao mesmo período de 2021.
Já as exportações de DMs, por sua vez, somaram US$ 800 milhões, representando um crescimento de 5,1% no período. A balança comercial, no mesmo período, ficou deficitária em US$ 5,5 bilhões, mostrando redução de 6,3% no déficit da balança comercial do setor, na comparação com igual período do ano passado
Os Estados Unidos foram o principal país de origem das importações brasileiras de DMs, do qual o Brasil comprou US$ 1.219 milhões. Países como China (14%) e Alemanha (12%) também foram importantes fornecedores de produtos para o Brasil.
Novos estabelecimentos de saúde
Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), em dezembro de 2022, estavam registradas 93.428 unidades que fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS). Em relação a dezembro de 2021, houve a abertura de 1.603 novos estabelecimentos de saúde neste segmento. Já na rede “Não SUS” houve, no mesmo período, a abertura de 21.545 unidades no país. Desse total, 10.717 consultórios e 6.222 clínicas e ambulatórios especializados.
No ano de 2022, devido o controle da pandemia da Covid-19, foram fechados todos os 15.829 leitos SUS de UTI adulto que eram destinados ao enfretamento da pandemia, e os 8.730 leitos da rede “Não SUS”. Muitos desses leitos foram convertidos em unidades para UTI Adulto: 5.619 (no SUS) e 3.035 (na rede Não SUS). O mesmo fenômeno ocorreu com os leitos de UTI pediátrica. Vale também destacar a abertura de 3.284 leitos cirúrgicos na rede pública, e o fechamento de 4.596 leitos clínicos. Na rede “Não SUS”, por sua vez, no período em questão, nota-se também a disponibilização de 700 novos leitos cirúrgicos e 1.167 clínicos.
Internações
No que se refere ao número de internações hospitalares, no acumulado de janeiro a dezembro de 2022, o índice no SUS cresceu 6,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados do DataSUS.
No total, foram realizadas, no período, 12,2 milhões de internações, contra cerca de 11,4 milhões no mesmo período do ano de 2021. No pós-pandemia, destaca-se a queda de internações para tratamentos clínicos de 3,7%. Outro fato apontado pelos dados é o crescimento de 74% das internações para o tratamento de pneumonias e influenza, e de 27,4% para o tratamento de outras doenças bacterianas
As internações hospitalares para cirurgias, no acumulado de janeiro a dezembro de 2022, no SUS, apresentaram crescimento, de 20,5%. No total, foram realizadas 5,1 milhões cirurgias no acumulado de janeiro a dezembro de 2022, ante 4,3 milhões no mesmo período de 2021, como resultado da retomada das cirurgias eletivas na rede SUS. (Com informações do Websetorial – 30.03.23)
