Novembro Roxo: entenda como os biomarcadores podem ajudar no diagnóstico e conduta dos partos prematuros

Com o propósito de conscientizar e levar informações importantes sobre a prematuridade, bem como suas causas, sintomas e desdobramentos, o Novembro Roxo é uma campanha global, estabelecida de modo a ampliar o significado do Dia Mundial da Prematuridade, celebrado em 17 de novembro.

Principal causa da morte de bebês no primeiro mês de vida – que em muitos casos são acometidos por déficits de desenvolvimento e crescimento de órgãos como cérebro, pulmões, olhos e ouvidos -, somente no Brasil, acontecem em torno de 340 mil partos prematuros todos os anos, de acordo com a ONG Prematuridade (Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros). Números que traduzidos em percentuais, representam mais de 11% de todos os partos em território nacional e colocam o país em 10º lugar no ranking de países com maior incidência de casos de prematuridade, segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Ministério da Saúde e Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

De acordo com o Prof. Fabrício da Silva Costa, membro da diretoria da International Society of Ultrasound in Obstetrics and Gynecology (ISUOG), um parto é considerado prematuro quando acontece antes das 37 semanas de gestação, sendo classificado em diferentes níveis, de acordo com o tempo de nascimento: pré-termo extremo (28 semanas ou menos), muito pré-termo (28 a 32 semanas), pré-termo moderado (32 a 37 semanas), que pode ser sub classificado em pré-termo tardio: 34 a 37 semanas).

“Cada caso requer um cuidado específico, a depender também das condições de nascimento do bebê e da mãe. E embora não exista uma causa determinante para que aconteça, fatores como infecções maternas, patologias do útero, hipertensão, diabetes gestacional, consumo de drogas – como álcool, cigarro e substâncias ilícitas – e malformação fetal podem contribuir para a antecipação do parto”, esclarece o especialista.

Por isso, ao sinal dos primeiros sintomas, que podem acontecer simultaneamente ou de forma isolada – entre eles, dores na parte inferior das costas, contrações constantes, dores na parte inferior do abdômen, vazamento de fluído ou hemorragia vaginal, náuseas e vômitos – é preciso procurar ajuda médica para que seja feita uma avaliação do quadro geral da gestação, a fim de evitar complicações.

Além dos exames mais comuns como a ultrassonografia e a cardiotocografia fetal, que avalia os batimentos cardíacos e o bem-estar geral do bebê, existem também testes rápidos, de alta precisão e não invasivos, que podem ser feitos para identificar a probabilidade de um parto prematuro.

“São testes rápidos de biomarcadores e precisos, que identificam a presença de uma proteína específica do líquido amniótico de mulheres grávidas, fora da cavidade uterina. Eles podem ajudar a prever se a gestante entrará em trabalho de parto prematuro entre 7 a 14 dias, com alto valor preditivo positivo. A partir desse diagnóstico rápido é possível evitar uma internação desnecessária, que acontece em 85% dos casos de sinais e sintomas de partos prematuros, assim como acelerar uma internação para um tratamento imediato para a gestante e o bebê”, explica Raphael Oliveira, gerente de marketing regional LATAM para Diagnósticos Moleculares da QIAGEN, multinacional alemã associada à CBDL, especialista em tecnologia para diagnósticos moleculares que apresenta, entre suas soluções, os testes rápidos PartoSure – que detecta a probabilidade de risco da prematuridade e AmniSure – que identifica rupturas prematuras de membranas fetais (Bolsa rota).

“Os casos de prematuridade colocam, em ainda mais evidência, a importância do acompanhamento pré-natal. Os nascimentos prematuros podem acontecer em casos de mães saudáveis, pelos mais diferentes motivos, assim como em gestantes com alguma doença pré-existente, ou que já tenham tido partos prematuros previamente e abortos espontâneos. Por isso, o mais indicado é fazer essas avaliações constantes, contando com tecnologias e soluções em exames e testes que ajudem a fechar o diagnóstico”, conclui o Prof. Costa. (Com informações da AtitudeCom – 10.11.22)

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