Essa semana uma notícia falsa circulou nas redes do mundo todo. A manchete dizia que a OMS ordenou que as nações se preparassem para “mega-bloqueios” por causa do Mpox, com uma imagem do diretor-reral da Organização Mundial da Saúde, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus. Essa alegação é uma fake news.
Mas afinal, o que se sabe sobre os riscos de Mpox?
Atualmente existem 70 países com evidência de surtos de Mpox, na sua grande maioria países africanos. Em todos os países há um predomínio de homens afetados, e em muitos casos homens que fazem sexo com homens, bissexuais, mas os casos não se limitam a isso, existem casos em mulheres e crianças. A transmissão se dá principalmente por contato da pele, pelo beijo ou por toque com material infectado, lençóis, p.ex. E aqui então vale um alerta para o risco de contágio dos profissionais de saúde.
Os principais sintomas são: erupções na pele, febre, dor de garganta, dor de cabeça, dor muscular, fadiga e linfonodos inchados.
As lesões de pele podem ser em maior ou menor número, pele são bastante doloridas e localizadas principalmente na palma das mãos, sola dos pés, rosto, boce, garganta e regiões genitais.
Diagnóstico
De acordo com a diretora técnica da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), Josely Chiarella, é muito importante fazer o diagnóstico diferencial com outras doenças de sintomatologia semelhante como sarampo, herpes, escabiose (sarna), sífilis, entre outras.
“O teste diagnóstico preferencial é a detecção de DNA viral por biologia molecular (PCR). No Brasil já existem cinco kits registrados pela ANVISA e muitos laboratórios têm desenvolvido seus próprios testes moleculares para acelerar o diagnóstico”, adverte a farmacêutica.
Os portadores de HIV com uso de terapia antiviral não aparentam ter risco maior que a população geral de Mpox severa.
Vacinas e tratamento
A vacinação é uma ferramenta importante, recomendada principalmente para as pessoas de alto risco de contrair Mpox como profissionais de saúde, moradores da mesma casa de indivíduos contaminados (incluindo crianças), trabalhadores do sexo, entre outros.
O tratamento é feito com o uso de antivirais e medicamentos para aliviar os sintomas. A recuperação se dá entre duas e quatro semanas.
*A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) renovou a dispensa de registro sanitário das vacinas Jynneos e Imvanex, ambas adquiridas pelo Ministério da Saúde para prevenção da mpox.
A vacina Jynneos é fabricada pela Bavarian Nordic, na Dinamarca, enquanto a Imvanex é produzida pela IDT Biologika GmbH, na Alemanha.
De acordo com a Anvisa, o imunizante é destinado a adultos com idade igual ou superior a 18 anos e tem prazo de validade de até 60 meses.
*Informações da Predicado Comunicação.
(Com informações da CBDL/Predicado Comunicação – 03.09.2024)