O diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde e cientista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Dr. Cláudio Maierovitch palestrou sobre o papel do diagnóstico no descobrimento e resposta a surtos durante o VI Workshop Internacional, que aconteceu nos últimos dias 15 e 16 de setembro, em Florianópolis, Santa Catarina.
O médico falou sobre as doenças emergentes, reemergentes e prevalentes, além da investigação de surtos e epidemias que levam em conta critérios como definição de caso, avaliação clínica e laboratorial, características epidemiológicas, diagnósticos etiológicos, entre outros.
Maierovitch citou a evolução do zika vírus e a necessidade de se controlar o foco, para que não aconteça o que aconteceu com o ebola. Na opinião do especialista, o zika trará mudanças nos controles epidemiológicos. “Saiu de um caso isolado acontecido em Caxias do Sul, no início de 2015, para um monitoramento em março do mesmo ano na região nordeste, a confirmação de um caso na Bahia em abril e, em apenas um ano, o número de análises do zika chegou a 25 mil”, alardeou. De outro lado, o especialista citou o desenvolvimento do primeiro teste rápido para sorologia de zika.
As redes laboratoriais de dengue, influenza, chicungunya e doenças infecciosas exóticas e emergentes de suínos e aves, também foram mencionadas pelo diretor. Ele destacou o surgimento de novas doenças e como deverá ser o controle destas no que se refere aos métodos, além de estrutura, equipamentos, aquisição de insumos, entre outros.
“Há uma distância considerável entre a atualidade e o horizonte tecnológico. Mas, temos novidades importantes como o lab on a chip, o lab in the body (feito por meio de patchs), o autodiagnóstico e a produção, regulação, avaliação e incorporação de novas tecnologias”, ressaltou.
(Com informações da Assessoria de Imprensa da CBDL – 20.9.16)