Mais de um ano de pandemia e as pessoas ainda confundem quais testes podem ser feitos em farmácia

Com o aumento no número de casos de infecção pelo novo coronavírus, a corrida às farmácias para fazer o teste rápido foi intensificada. No entanto, as pessoas ainda se confundem sobre qual o tipo de teste que deve ser feito, e em qual momento.

De acordo com números da Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), de janeiro a março de 2021, as farmácias realizaram três vezes mais testes rápidos dos que os meses anteriores.

O presidente executivo da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), Carlos Eduardo Gouvêa, explica didaticamente sobre os exames encontrados nas drogarias.

TESTE ANTÍGENO/RT-PCR

No momento em que o vírus contamina uma pessoa e, a partir do segundo ou terceiro dia de sintomas, o teste ideal a fazer é o RT-PCR, teste de biologia molecular, padrão ouro da OMS. É o exame com maior percentual de acurácia. Este tipo de teste é realizado em laboratórios por via swab naso ou orofaríngeo (cotonete).

Já o teste rápido de Antígeno, encontrado com mais frequência nas farmácias, detecta com eficácia, a presença da proteína (antígeno) gerada pelo vírus ativo no organismo até o oitavo dia ou mais. Pela facilidade e custo, é um teste mais acessível e eficiente. Também é feito por swab nasal (cotonete) ou pela saliva.

TESTE SOROLÓGICO/IGA, IGM E IGG

Depois de oito dias circulando pelo corpo, os restos do vírus (que já não seria mais infectante) ainda podem ser detectados pelos testes de RT PCR. Porém, após esta etapa, já podemos notar a presença de anticorpos, resposta imunológica do organismo.

Desse modo, os testes sorológicos podem detectar os anticorpos IgA, IgM e  IgG. No teste, se apontar apenas o IgG, isso representa que o corpo produziu a soroconversão e, assim, a pessoa já esteve exposta ao vírus.

TESTES NEUTRALIZANTES

Esse tipo de teste não é encontrado nas farmácias – apenas em laboratórios. Ele é capaz de observar o tipo de resposta em termos de imunidade gerada pelo paciente em relação ao vírus existente, podendo ser vacinal ou por conta de infecção prévia. Isto é, se ainda existe o anticorpo que ataque e neutralize o vírus. Este teste de anticorpo neutralizante é recente e está sendo objeto de vários estudos para que possamos dizer em breve qual a carga de anticorpos necessária para garantir imunidade efetiva e por quanto tempo. (Com informações da Oficina de Mídia – 12.04.21)

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