Em Conferência Magna realizada durante o 55º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (CBPC/ML), organizado pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), de 5 a 8 de setembro, em São Paulo, a líder global em negócios e ciências da vida e em estratégia da KPMG, Kristin Pothier, falou sobre os impactos da inovação para a sustentabilidade do laboratório e para a experiência do cliente.
Pothier mencionou a pandemia de Covid-19 e as questões emergenciais no que se refere aos diagnósticos, além do surgimento de novas tecnologias na área de IVD, com o aporte substancial de investimentos.
A consultora também destacou as negociações internacionais que envolveram empresas presentes no mercado laboratorial brasileiro como, por exemplo, a aquisição da empresa THE Binding Site, associada da CBDL, pela outra filiada ThermoFisher.
As inovações tecnológicas no segmento de patologia clínica também foram elucidadas por Kristin, que destacou a Inteligência Artificial no ecossistema laboratorial e a melhoria de todo quadro diagnóstico com imagens mais holísticas em altíssimas resoluções, melhores algoritmos, e uma avaliação mais precisa. De acordo com a especialista, a Inteligência Artificial é real e empolgante.
O mercado de diagnóstico in vitro na América Latina foi definido pela líder da KPMG como diferente do restante do mundo por ter muita disparidade regional. Ela frisou três fatores característicos do mercado latino-americano: melhor acurácia, entendimento sobre as variantes genéticas e redução de tempo de resultados com melhores custos. “A América Latina tem uma abordagem mais multimodal. É a região do mundo com uma visão mais realística no que se refere às tecnologias. Entre os patologistas da América Latina, a geração de evidências do mundo real em tecnologia é vista como fundamental”, complementou a consultora que ainda frisou que o Brasil está na linha de frente no segmento de diagnóstico.
E o Brasil, está mesmo na liderança?
Ao ser inquirida pelo presidente da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), Carlos Eduardo Gouvêa, sobre como ela enxergaria o futuro do Brasil no mercado mundial de diagnósticos, Kristin Pothier recordou algumas transações de grande porte que aconteceram recentemente e que frequentaram os noticiários em diversos lugares do mundo como, por exemplo, a fusão entre o Grupo Fleury e o Grupo Pardini. “O Brasil ficou mais poderoso! As notícias se espalharam e o Brasil ganhou manchetes pelo mundo!”, disse ela.
Além disso, a consultora sublinhou a relação entre hospitais e laboratórios que trouxe um avanço muito grande ao mercado. “E a CBDL também tem se destacado com essa filosofia, a de ter um ecossistema que trabalha fundamentalmente para a formação de parcerias. Isso vai fazer o Brasil continuar a subir’”, concluiu Pothier. (Com informações da Oficina de Mídia – 15.09.23)