A pesquisadora Rosane Silva, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirmou à Agência Brasil que um kit único para identificação rápida de patógenos como vírus, bactérias e fungos, poderá se tornar realidade já em 2021, em laboratórios privados e hospitais públicos. A iniciativa facilitará o diagnóstico e as causas de uma infecção.
A afirmação foi embasada em um projeto da UFRJ, em parceria com a Universidade do Texas (EUA) e financiamento da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
“A ideia é tornar acessível para que qualquer laboratório possa utilizar o kit, entre os quais laboratórios de hospitais públicos. A gente quer que seja o mais abrangente possível e aplicado em equipamentos de custo mais baixo”, comentou Rosane, que objetiva firmar parcerias para ofertar serviços e treinamentos em hospitais públicos.
No entanto, a cientista elucida que este kit não é direcionado ao uso de rotina, mas sim, em casos especiais como os que provocam infecções em pacientes com septicemia, contaminações alimentares e infecções derivadas do uso de próteses, por exemplo. Os resultados ficam prontos entre 48 e 72 horas.
Outra novidade é que a pesquisadora atualmente está adaptando o sistema para laboratórios mais distantes ou remotos. “A fase atual de testes é a mais difícil porque envolve amostras clínicas que necessitam da autorização prévia dos pacientes”, concluiu. (Com informações da Agência Brasil – 19.8.19)