Janeiro Verde: Teste de HPV disponível no Brasil pode ajudar a evitar mortes causadas pelo avanço da doença

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam o câncer de colo do útero como o terceiro mais comum entre as mulheres no Brasil. Com aproximadamente 16 mil novos casos todos os anos, sendo quase a metade deles, fatais, o câncer de colo do útero fez com que a Sociedade Brasileira de Cancerologia determinasse o Janeiro Verde, sob o propósito de alertar a população à respeito das formas de prevenção, monitoramento e tratamento da doença.

Por se tratar de uma enfermidade silenciosa, que pode levar um bom tempo para ser diagnosticada por meio de exames tradicionais de rotina, o câncer de colo do útero é causado por alguns tipos de HPV (Papilomavírus Humano). Das mais de 100 variações do vírus, 13 delas apresentam potencial cancerígeno, que podem e devem ser monitoradas. Embora 90% dos casos representem uma contaminação transitória, onde o próprio sistema imunológico consegue se defender, o risco aumenta quando a presença do patógeno prolonga-se e acaba por gerar lesões no colo do útero, que se tornam feridas e evoluem de forma maligna.

De acordo com a médica ginecologista e pesquisadora clínica do Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC, Dra. Cecília Maria Roteli Martins, as visitas frequentes ao médico e a realização anual dos exames de rotina podem ajudar a salvar muitas vidas e devem ser feitas por todas as mulheres. “Além dos exames mais conhecidos como o papanicolau e a colposcopia, a partir dos 25 anos de idade as mulheres podem fazer a captura híbrida, um teste molecular, mais sensível que outros métodos, capaz de detectar a presença do HPV e, em casos positivos, em qual das 13 variações mais comuns de potencial cancerígeno ele se encaixa. A realização desse tipo de exame permite identificar a contaminação antes do surgimento da lesão, o que amplia as possibilidades dos tratamentos precoces e cura”, explica a especialista.

O índice de sucesso da captura híbrida pode ser comprovado mundialmente. Segundo Paulo Gropp, vice-presidente da QIAGEN na América Latina – multinacional alemã especialista em tecnologia para diagnóstico molecular e associada à CBDL, que entre suas soluções apresenta esse tipo de exame – a testagem molecular existe há mais de vinte anos e está entre os testes mais utilizados pelos médicos para rastreio genético do HPV. “Até hoje, mais de 100 milhões de mulheres já foram testadas globalmente. Além disso, temos estudos clínicos que, ao serem somados, já testaram mais de 1 milhão de mulheres em todo o mundo. Dessa forma, temos uma vasta literatura científica apontando os benefícios da captura híbrida. Vale ressaltar que esse é um teste robusto, possui diversos controles e calibradores, o que garante um resultado confiável”, aponta o executivo.

O câncer de colo do útero não costuma apresentar sintomas iniciais e, quando aparecem, pode ser um indício de avanço da doença. Além da realização anual dos exames de rotina, é preciso atenção para alterações como sangramento vaginal sem causa, corrimento alterado, dor abdominal ou pélvica constante, sensação de pressão no abdômen, vontade frequente de urinar e perda rápida de peso. Ao surgimento desses sintomas é recomendado buscar ajuda médica com urgência. (Com informações da Atitudecom – assessoria de imprensa da Qiagen – 27.01.22)   

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