Greve dos caminhoneiros mobiliza governo e entidades do setor saúde para evitar desabastecimento

O ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun afirmou, em coletiva realizada no último dia 28/5,  que a Força Aérea Brasileira (FAB) passará a transportar medicamentos e insumos de saúde por conta da greve dos caminhoneiros que já se estende por dez dias.

“A Força Aérea passa a transportar medicamentos por determinação do presidente em conjunto com o comitê de crise. Foi determinado que a Força Aérea passe a transportar medicamentos e insumos da área da saúde para os hospitais”, declarou o ministro.

De acordo com o Ministério da Saúde, todos os estados estão sendo mapeados, e as necessidades mais urgentes serão atendidas. O Brasil sofre com a falta de remédios e materiais hospitalares. No Rio de Janeiro, por exemplo, foram suspensas, desde o dia 28/5, as cirurgias não emergenciais. No Distrito Federal também foram adiadas as consultas em hospitais e clínicas e as UBS estão fechadas. Somente os casos urgentes estão sendo atendidos.

Produtos para saúde

O movimento dos caminhoneiros também levou a Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), da qual a Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) faz parte, a formar um comitê de crise com conferências periódicas para trocas de informações e alinhamento de ações, entre elas, uma reunião com a participação da Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde (Abraidi) e Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (Abimed) com o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, para solicitar medidas que garantam o reabastecimento.

Gilberto Occhi anunciou que vários comboios foram montados para o fornecimento de vacinas, sangue e insumos para a diálise e outros também foram estruturados para os demais produtos emergenciais de saúde. A coordenação de todo o trabalho é feita pela Casa Civil com o apoio do Ministério da Defesa, de empresas aéreas e de aviões da FAB para o transporte de cargas menores. Segundo o ministro, os carregamentos maiores vão por via terrestre e algumas rotas foram estabelecidas para o escoamento dos produtos.

A CBDL também fez um documento alinhado com a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) que entregou ao ministro da Casa Civil, onde relata o desabastecimento em laboratórios clínicos, hospitais e Programas de Saúde públicas do próprio Ministério da Saúde, assim como de  municípios e estados do país.

Como ação para o futuro, a CBDL pretende se reunir com o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para traçar um plano de contingência baseada no mapeamento de riscos para o setor de diagnóstico in-vitro. (Com informações da Agência Brasil, da Doc Press e da diretoria da CBDL– 30.5.18)

 

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