Galactosemia clássica pode matar se não for diagnosticada precocemente. Teste de pezinho expandido pode rastrear e salvar recém-nascidos

O teste de pezinho expandido no SUS, recém aprovado pelo Senado, pode diagnosticar uma doença metabólica, do grupo de Erros Inatos do Metabolismo (EIM), chamada de galactosemia clássica (ou deficiência de galactose-1-fosfato uridil transferase (GALT).

Trata-se de uma doença hereditária com herança autossômica recessiva causada por mutações no gene GALT. Sua prevalência no Brasil é ainda desconhecida, no entanto, mundialmente, há uma ampla variedade devido à questão étnica, mas acredita-se que possa ser ao redor de um entre 60 mil nascimentos.

No período neonatal, após a ingestão de galactose, os pacientes podem apresentar sintomas como dificuldades alimentares, vômitos, diarreia, perda de peso, icterícia, anemia hemolítica, edema cerebral, catarata, hepatomegalia e ascite.

De acordo com a geneticista e diretoria da Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal e Erros Inatos do Metabolismo (SBTEIM), Dra Louise Lapagesse, a galactosemia clássica é uma doença grave, potencialmente diagnosticável e tratável. “Se a galactose não for rapidamente retirada da dieta existe risco de morte por cirrose, insuficiência hepática ou sepse. Atentem que, nesse período, a principal fonte alimentar é o leite materno ou as formulas lácteas que contém galactose e que são necessárias para as todas as crianças saudáveis”, alerta a geneticista.

Segundo a médica, o objetivo primário do diagnóstico da galactosemia pelo teste do pezinho dos recém nascidos é a prevenção da mortalidade neonatal, “e como objetivos secundários, a prevenção de sequelas relacionadas ao desenvolvimento neurológico. (Com informações da Oficina de Mídia – assessoria de imprensa da SBTEIM – 18.05.21)

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2 Comentários

  1. Silvana

    O recém nascido que tem a galactosemia apresenta os sintomas quando?

  2. Bruno Souza

    Olá, bom dia.

    Meu nome é Bruno, tenho uma dúvida!

    Caso um bebê apresente no teste de pesinho a Galactosemia, e depois o teste é refeito e apresenta resulta normal. Isso é possível? Considera q o bebê está curado?