Fevereiro Roxo alerta sobre a importância do diagnóstico precoce do Alzheimer

O Alzheimer é uma doença ainda sem cura que afeta mais de 1 milhão de brasileiros e atinge com mais frequência pessoas acima dos 65 anos. No mundo, são 55 milhões de pessoas diagnosticadas com a doença, e 10 milhões de novos casos por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O Fevereiro Roxo é o mês de conscientização sobre Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia, e tem o objetivo de alertar sobre sintomas e tratamentos disponíveis e a importância do diagnóstico precoce para manter a qualidade de vida. Diante da enorme dificuldade de deslocamento da população mais atingida pela doença, a telemedicina pode contribuir para o diagnóstico precoce e o acompanhamento do tratamento. 

Desde o início da pandemia da Covid-19, muitas pessoas têm evitado sair de casa e se dirigir a consultas, principalmente a população idosa, que é um dos principais grupos de risco. Nesses casos, ferramentas de atendimento remoto atuam como aliadas. É o caso da Starbem, plataforma de telessaúde fundada em novembro de 2020. Além de 20 especialidades médicas, que incluem geriatria e neurologia, o aplicativo oferece atendimento psicológico e nutricional, e já atendeu pacientes com Alzheimer. A tecnologia aliada à saúde possibilitou o acompanhamento das consultas por familiares e cuidadores de forma segura e sem a necessidade de deslocamento.

O Alzheimer, doença caracterizada pela perda de memória, dificuldade de pensamento e comprometimento da linguagem, corresponde a 70% de todos os casos de demência. Apesar de existirem inúmeros estudos, ainda não se sabe ao certo as causas, mas são conhecidas algumas lesões cerebrais características, como as alterações patológicas no tecido cerebral e a perda de neurônios. Por ser uma doença ainda sem cura e evolutiva, causa bastante impacto na rotina de todos os envolvidos e requer dedicação e resiliência para adaptar-se às mudanças que ocorrem ao longo do tempo.

De acordo com a Dra. Sheila Martani, geriatra da Starbem com formação em psicogeriatria e atualização em geriatria pela escola de Medicina em Harvard, “a doença de Alzheimer está cada vez mais frequente, até porque as pessoas estão vivendo mais e a idade é o principal fator de risco”. Para a médica, é difícil obter o diagnóstico definitivo, mesmo com acesso a serviços de saúde e exames, pois exige dedicação dos profissionais envolvidos e muita paciência do paciente e dos familiares. 

Com experiência com o público idoso há mais de 10 anos, ela acompanha pacientes com demências, inclusive Alzheimer. “Uma coisa é certa: quanto antes o diagnóstico, melhor o tratamento para evitar a progressão da doença”, esclarece a médica, que é especializada em geriatria e portadores de doenças crônicas pelo IAMSPE e em Clínica Geral pela Santa Casa de São Paulo. “Quando a doença é diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente, à família e ao cuidador”, explica.

A Dra. Rita Machado Coelho, neurologista da Starbem e especialista em neurocirurgia, reforça a importância de descobrir o quanto antes a doença. “A incidência do Alzheimer é muito alta em todo o mundo. Precisamos nos conscientizar sobre a importância do diagnóstico o mais precocemente possível para que possamos ajudar os portadores deste mal.”

Segundo a Associação Americana de Alzheimer, apesar da doença acometer mais mulheres do que homens – o risco de uma mulher desenvolver a doença aos 65 anos é de 1 em 6, enquanto que nos homens é 1 em 11 – quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de resposta positiva ao tratamento dos sintomas associados às doenças, podendo até mesmo retardá-los.

“Manter hábitos saudáveis ao longo da vida ajuda a reduzir o risco de desenvolver a doença: manter-se cognitivamente ativo com leituras e novos aprendizados, gerenciar o estresse, manter a pressão arterial sob controle, praticar atividade física, ter boa alimentação, não fumar, evitar bebidas alcoólicas e dormir bem ajudam a evitar não só o Alzheimer como outras doenças”, explica a Dra. Sheila. (Com informações da Ancomunicação – 07.02.22)

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