Falta de protocolo na utilização de testes pode emergir alto número de falsos negativos

O ritmo frenético com que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem aprovados os testes para o combate do Covid-19 já se configura com uma quebra de recorde. “Fizemos em semanas o que costuma levar de seis a 12 meses”, comentou Carlos Eduardo Gouvêa, presidente executivo da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), em reportagem ao jornal El País, publicada no dia 27 de março.

A relação dos testes, publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 18 de março, foi autorizada pela Agência para serem vendidos (nove do tipo rápido e dois de biologia molecular) em um período inimaginável.

Nesta semana, o Governo federal anunciou que vai ampliar o contingente de testes disponíveis no Brasil para 22,9 milhões, oito milhões são testes rápidos. Desse modo, o país conhecerá melhor a sua situação epidêmica.

Inicialmente, os testes atenderão profissionais de saúde e de segurança, além dos casos mais graves. Em um outro momento será preciso criar um protocolo para testar os casos mais leves nos postos de saúde ou em unidades volantes.

Entre os fatores que preocupa o segmento laboratorial é a falta de um protocolo para a utilização destes testes e, em consequência disso, um alto número de falsos negativos. É por esta razão que as entidades do setor de diagnóstico pretendem criar uma regulação própria.

“Tenho recebido ligações de empresas pedindo orientações sobre a compra destes testes para seus funcionários. Eles podem até comprar, mas é preciso orientação de profissionais especializados. Porque não são autotestes, como os de gravidez”, destacou Gouvêa. (Com informações do El País – 01.04,20)

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