Exame de tipagem HLA é fundamental para o sucesso dos transplantes de órgãos

Se alguém da sua família precisar de uma doação de órgãos, você sabe que é preciso realizar diversos exames de compatibilidade entre doador e receptor? E um dos mais importantes é a análise genética molecular dos genes do sistema HLA, também chamada de tipagem HLA do indivíduo, que coordenam a produção de proteínas HLA localizadas nas membranas celulares.

Quando uma pessoa precisa receber um órgão por meio de um transplante é necessário que esses genes (do sistema HLA) sejam o mais semelhantes possível, ou seja, histocompatibilidade – compatibilidade entre os tecidos para que o transplante tenha mais sucesso e não haja rejeição e perda do órgão.

De acordo com a coordenadora de Ciência, Inovação e Tecnologia do Laboratório São Paulo, Cláudia Assunção, a avaliação do grau de histocompatibilidade entre duas pessoas compreende a análise molecular dos genes HLA e o resultado de ambas as pessoas é comparado e assim definido o grau de histocompatibilidade, que quanto maior melhor.

“Há vários genes nos locus HLA-A, HLA-B ou HLA-C (classe I) e DQ e DR (classe II) que codificam as proteínas de superfície celular. Esses genes, estão presentes em todas as células nucleadas humanas, participam da identificação e resposta imunológica a substâncias estranhas ao organismo, ou seja, aos antígenos.  Eles formam um sistema polimórfico complexo, fazendo com que os órgãos de um indivíduo contenham moléculas na superfície de suas células diferentes daqueles encontrados em outra pessoa, apenas gêmeos univitelinos possuem moléculas idênticas, quando um gêmeo precisa de doação o melhor doador é o seu gêmeo, mesmo que ao longo dos anos o DNA do irmão tenha mudado um pouco, devido as mutações que adquirimos durante a vida”, acrescenta ela. (Com informações da Maio Comunicação – 05.10.23)

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