O Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP acaba de desenvolver um biossensor que é capaz de predizer o resultado de diagnóstico do câncer de próstata. A pesquisa também contou com a participação da Embrapa Instrumentação e do Hospital de Amor de Barretos.
“Biossensores são dispositivos que servem para indicar marcadores importantes para a saúde, seja humana, seja animal. Um sensor importante e conhecido é o utilizado por diabéticos para verificação do nível de glicose no sangue. Para esse biossensor de detecção do câncer de próstata com novo biomarcador, desenvolvemos o trabalho em três anos”, comentou Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, professor do IFSP.
O marcador de medição para o câncer de próstata é o PSA (Antígeno Prostático Específico). Mesmo com o nível elevado de PSA, o paciente pode não apresentar câncer de próstata e sim uma prostatite ou um tumor benigno. “Um problema das biópsias é que, infelizmente, mais de dois terços dos procedimentos dão resultado negativo, ou seja, elas eram desnecessárias se os médicos tivessem um diagnóstico mais preciso”, comentou o médico.
O biossensor tem como biomarcador o PCA3, que costuma surgir em quem tem tendência para desenvolver câncer de próstata.
Ainda em fase de pesquisa, o biossensor não será lançado agora no mercado. Por utilizar nanotecnologia, o custo para realizar o exame deverá ser baixo. (Com informações da Agência USP – 04.03.20)
