Economista Rubens Sardenberg prevê superávit na economia em 2019 em evento promovido pela CBDL

O presidente do Grupo Fleury, Carlos Marinelli, e o presidente da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), Fábio Arcuri, abriram o encontro “Brasil 2019 – O Novo Governo e os Impactos na Saúde – O que esperar?”,  promovido pela CBDL, no auditório da sede do Fleury, em São Paulo, no último dia 6 de dezembro.

O economista-chefe da FEBRABAN, Rubens Sardenberg, apresentou a palestra “Economia Brasileira em 2019 – Cenário macro, perspectivas e desafios de longo prazo”.

Sardenberg fez um apanhado do atual cenário da economia do país, ressaltando, em primeira mão, a baixa inflação (ancorada), o recuo dos juros e o IPCA negativo do mês de novembro, abaixo da casa dos 4%. De acordo com ele, o setor externo também está ajustado, ao contrário das crises anteriores.

Mesmo com um crescimento modesto de 1,4% no PIB, o economista projeta um avanço neste quesito e salientou que o Brasil deve fechar o ano de 2019 com 2,5%.

Um ponto pessimista apontado por Sardenberg foi a questão das taxas de desemprego que fecharam outubro/novembro com um índice alto, 11,7%. No entanto, o especialista revelou que os números econômicos tiveram influência do momento geopolítico mundial como as tensões entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, o Brexit na Inglaterra, as manifestações da França, entre outros.

Além das altas taxas de desemprego, Sardenberg também se mostrou preocupado com um problema recorrente no Brasil, a dívida bruta e o déficit primário que causaram uma deterioração fiscal. A dívida bruta, segundo os gráficos do economista, pulou de 50 para 75%. “O Brasil tem ajuste fiscal a fazer. Isso é uma condição necessária para conter um crescimento explosivo da relação dívida/PIB. O novo governo precisa sinalizar que atacará este problema. A reforma na previdência é uma das principais medidas a serem tomadas. Estou otimista, mas sigo com cautela”, salientou.

Outros desafios foram apontados por Sardenberg para alavancar a economia do país, entre eles, a baixa produtividade e a queda nos investimentos. “No entanto, as perspectivas são animadoras já que, como economista da FEBRABAN, recebo uma quantidade substancial de investidores querendo empreender no Brasil”, concluiu.

 

Anterio

Próximo