A diabetes mellitus é uma doença que acomete uma grande faixa da população brasileira, cerca de 9%, em 2022, segundo os órgãos oficiais da saúde. Isto é, um contingente de cerca de 17 milhões de brasileiros, entre 20 e 79 anos. O Brasil é o quinto país do mundo portador de diabetes.
A população de diabetes geralmente é portadora de sobrepeso ou obesidade, que alcança 60% a 65%. O estarrecedor é que cerca de 30% de sobrepeso ou obesidade ocorre em pessoas mais jovens.
A enfermidade pode ocasionar uma série de problemas como cegueira, angiopatias, arteriopatias, venopatias, amputação de membros, doenças crônicas de baixo grau não transmissíveis, doenças cardiovasculares, doenças neurológicas, câncer e, inclusive, óbito.
Há uma forma de antever a diabetes?
De acordo com o diretor clínico da IonNutri, Dr. Dirceu Mendes Pereira, a tecnologia em nutrimetabolômica pode conferir vários sinais muito antecipadamente.
“Os testes com espectrometria de massa na saliva têm acurácia maior do que os testes realizados de rotina no sangue. E o que nos salta os olhos, principalmente com relação aos aminoácidos de cadeia ramificada – que são a leucina, a isoleucina e valina-, são sinalizadores de insulina. É um dos sinais mais precoces de que esse indivíduo está adentrando numa faixa perigosa por maus hábitos alimentares, por sedentarismo, uma excessiva exposição a estresse, baixa qualidade de sono, etc.”, comentou o médico que ainda sinaliza, “outro exame também importante é o da inflamação e da imunidade, o chamado imuno-inflamatório. o acometimento das membranas celulares é muito importante porque contém lipídeos e proteínas na sua constituição, revestindo as células, tecidos e órgãos. Todas as moléculas necessitam da sua integridade para entrar e/ou sair do interior das células para cumprir sua missão metabólica”.
E depois de saber antecipadamente?
Caso o paciente saiba que tem predisposição à diabetes, o que ele deve fazer?
Dr. Dirceu Mendes Pereira sugere que diminua imediatamente o consumo de carboidratos sem abolir estes alimentos, “não vamos ter absolutamente o que se chama de “carbofobia”! Não se trata disso, nós necessitamos de carboidratos. Mas, vamos privilegiar os carboidratos que contêm fibras, os tubérculos, os legumes, as frutas e as folhas. E evitar a todo custo os refinados, os industrializados, porque eles têm uma absorção muito rápida, contêm aditivos químicos e elevam muito rapidamente a insulina, criando um círculo vicioso que é extremamente danoso ao longo do tempo”, adverte.
Além disso, o especialista sugere a ingestão de gordura de boa qualidade para obter fontes muito melhores para a geração de energia. “As proteínas devem ser consumidas normalmente, mas consumir carne em menor quantidade, tanto a vermelha como as brancas. Beber muito líquido, e ter uma vida dedicada à atividade física. Procurar ter um sono reparador e controlar o estresse. E realizar os exames periodicamente”, conclui o médico. (Com informações da Oficina de Mídia – 29.09.23)