Doenças respiratórias: novas tecnologias em diagnóstico ajudam a identificar vírus e bactérias que eram muito difíceis no passado

Com a chegada do outono e do inverno, as doenças respiratórias são as responsáveis por boa parte dos diagnósticos hospitalares. Após a alta crescente dos casos de bronquiolite em crianças, os casos de gripe seguem a mesma tendência, com 31% dos quadros respiratórios na população adulta associados à influenza A, causados pelo H1N1, de acordo com o Boletim InfoGripe da Fiocruz. Com diversos vírus e bactérias em circulação, provocando sintomas bastante parecidos entre eles, novas tecnologias diagnósticas, como os testes sindrômicos, a exemplo do QIAstat-Dx, da multinacional alemã QIAGEN, empresa filiada à CBDL, têm sido fundamentais nesse período.  

É o que aponta a Dra. Maira Marranghello Maluf, médica patologista clínica no Hospital Israelita Albert Einstein, ao destacar o teste que utiliza PCR em tempo real, detectando 23 patógenos respiratórios diferentes em até uma hora para identificar o causador dos sintomas. “Agora podemos fazer diagnósticos que antes eram muito difíceis de concluir”, diz a especialista.  

Segundo ela, essa identificação é essencial para o tratamento adequado.  “Se a infecção é viral, nenhum recurso terapêutico específico é necessário, a maior parte do tempo. Por outro lado, se uma infecção é bacteriana, geralmente é necessária terapia antimicrobiana. Com tratamento precoce e eficaz, torna-se possível obter melhores resultados clínicos, reduzir tempo de internação e consequentemente reduzir custos”, destaca. A médica espera que, à medida que a tecnologia avança, os custos caiam, e as operadoras de saúde passem a cobrir tais testes, uma vez que diagnósticos rápidos podem trazer economia em saúde a longo prazo. 

De acordo com Allan Richard Gomes Munford, gerente regional LATAM de Marketing para Diagnósticos de Oncologia e Precisão da QIAGEN, doenças como a bronquiolite e a gripe podem desencadear a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) uma condição que pode provocar sintomas quase sempre comuns, como coriza, tosse, febre, dor de garganta e falta de ar, o que dificulta um diagnóstico clínico preciso por parte dos médicos.  

“Nesse sentido, os testes sindrômicos ganharam relevância ao identificar, simultaneamente, diversos vírus e bactérias que possam estar agindo sobre o sistema imunológico do paciente. Um diagnóstico rápido e correto contribui para a administração assertiva de medicamentos, reduz as internações desnecessárias e diminui a janela de tempo dessas pessoas nos hospitais”, destaca o executivo. (Com informações com ATDC Group – 11.08.23)

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