Diagnóstico de tuberculose com teste IGRA foi tema de encontro no Emílio Ribas com apoio da CBDL

Iniciamos o mês de março, mês que marca a luta contra a Tuberculose no mundo, com o evento “III Encontro sobre Tuberculose no século XXI – Avanços no Diagnóstico e Tratamento de ILTB – A jornada do paciente, ocorrido no dia 2 de março, no Hospital Emílio Ribas, em São Paulo.

Promovido pela Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), em parceria com sua associada QIAGEN; a GermSure, o encontro trouxe estudos de caso e foco na jornada do paciente desde seu acesso ao exame até o tratamento.

A Dra. Ana Angélica Portela, da Divisão de Tuberculose do estado de São Paulo, abriu o evento com informações sobre a incorporação do teste pelo SUS e a ampliação das populações que têm indicação para realizar o teste.

Em seguida, a Dra. Erica Chimara, do Instituto Adolfo Lutz, apresentou a rede laboratorial para a realização do teste IGRA no estado de São Paulo, pontuando algumas barreiras de acesso, e a importância da organização em rede desde as unidades de saúde que coletam a amostra até o laboratório que irá executar a amostra. “Vou virar especialista em logística devido ao tamanho da importância que é a logística coordenada das amostras até o laboratório”, brincou Dra. Erica.

A médica reumatologista Dra. Jaqueline Barros Lopes trouxe estudos de casos de pacientes reumatológicos e pontuou a importância de se fazer o teste IGRA antes de iniciar o tratamento. “Apesar da incorporação do teste pelas operadoras de saúde indicar seu uso para pacientes candidatos a imunossupressores, a verdade é que o teste deve ser realizado antes de iniciar o tratamento, visto que seu resultado irá auxiliar o médico a definir qual melhor tratamento para o indivíduo, comentou ela.

O evento seguiu ainda com mais duas palestras da médica infectologista Dra. Sumire Sakabe e da médica pneumologista Dra. Karina Vergani, com foco no paciente HIV positivo, adulto e criança, e em como a incorporação desse teste pode mudar a vida do paciente. “O indivíduo HIV positivo que chega no serviço de saúde, e que muitas vezes já tem muitas vulnerabilidades sociais, não pode ficar sem a oferta do IGRA, esse serviço não pode errar com essa pessoa” comentou a Dra. Sumire.

Ao final, o foco foram as crianças HIV positivas “As crianças muitas vezes são invisíveis para tuberculose pela baixa carga de transmissão, mas a falta de diagnóstico irá impactar na possível progressão da doença” finalizou a Dra Karina. (Com informações da CBDL – 03.03.23)

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