O procurador da República e coordenador da Operação Lava-Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, participou do último debate do 52º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial, realizado no dia 28 de setembro, no Centro Sul, em Florianópolis, Santa Catarina.
Dallagnol não fez menção a partidos políticos, mas apresentou números da corrupção: 415 políticos e 26 partidos envolvidos em propinas. Segundo o procurador, um dos desafios da Operação Lava Jato é combater o sofrimento das pessoas, já toda verba desviada seria destinada a áreas como saúde pública, saneamento básico, segurança e educação. Na opinião do procurador, a Lava Jato faz o “diagnóstico”, mas o “tratamento” costuma não vir.
O coordenador da Lava Jato destacou também a derrota do documento elaborado pela sociedade civil, As dez medidas contra a corrupção, e que o Congresso Nacional incinerou. “Será preciso que a sociedade deixe de lado o vitimismo e arregace as mangas para escrever a biografia da nossa história”, disse.
A “Unidos contra a Corrupção”, campanha com a participação de várias instituições probas e políticos fichas limpas foi divulgada por Dallagnol como uma ferramenta de combate à corrupção. “Mas, é preciso levar em conta três quesitos importantes: passado limpo, tendência à democracia e compromisso contra a corrupção”, reiterou.
Na conclusão de sua palestra, Dallagnol convocou os presentes para que promovesse um exercício, “pensem na pessoa que vocês mais amam. Se ela estiver com uma doença terminal, o que vocês fariam por ela? Façam isso pelo Brasil”, concluiu. (Com informações da Oficina de Mídia – 4.10.18)