CBDL se contrapõe ao posicionamento da SBAC sobre os testes rápidos

Durante a semana passada, circulou na mídia especializada, posicionamento da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) contra norma da Anvisa, a RDC nº 302/05,  que dispõe sobre o regulamento técnico para funcionamento dos serviços que realizam  atividades laboratoriais, tais como Laboratório Clinico, e Posto de Coleta Laboratorial.

 

A entidade declarou não apoiar as mudanças propostas nesta norma, que trata do registro dos produtos no tocante ao item “Produtos sujeitos a cadastramento”. A SBAC sugere ainda, uma nova classificação dos testes que estão enquadrados igualmente como “Testes Laboratoriais Remotos – TLR” ou “Point of Care” (Cuidados junto ao Paciente).

 

Nesse sentido, a Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) vem se manifestar.

 

De acordo com a sua consultora técnica, Dhalia Gutemberg, o “teste rápido agiliza um diagnóstico e salva vidas, principalmente em lugares remotos.”

 

Para ela, o teste rápido é um rastreamento inicial indicativo para tratamentos e jamais substituirá o de laboratório. “Em nenhum momento está excluída a necessidade de registro”, ressaltou.

 

Dhalia Gutemberg observa que um teste feito fora do ambiente laboratorial, não implica necessariamente em falta de qualidade. “Muitas vezes o paciente não procura as unidades de saúde ou médico por falta de oportunidade, timidez, medo ou principalmente, por morar em locais sem acesso. Com o teste rápido, esta pessoa vai em busca de orientação médica, o que já acontece  em outros países, como os Estados Unidos, principalmente”, explica.

 

A consultora da CBDL lembra que alguns testes rápidos são comprados na farmácia e o consumidor pode se orientar com o farmacêutico responsável . Outros, como o teste de gasometria à beira do leito em uma UTI SALVA VIDAS, que é realizado por pessoal da área da saúde.

 

“A iniciativa desta legislação tem como principal objetivo levar assistência à saúde para áreas sem acesso a laboratórios e unidades de saúde, o que pode salvar vidas”, conclui Dhalia Gutemberg.

 

 

(Por Oficina de Mídia – 18.6.15)

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